terça-feira, 15 de março de 2011

09 de fevereiro - Devocional Vespertina

"Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal." Lucas 11:4

      As coisas que aprendemos a pedir ou a renunciar em oração, devemos, igualmente, buscar ou rejeitar em ação. Assim, precisamos fugir com toda sinceridade da tentação, procurando andar cuidadosamente no caminho da obediência, a fim de que o diabo jamais tenha oportunidade de nos tentar. Não devemos entrar no bosque à procura do leão. Podemos pagar muito caro por essa ousadia. O leão pode cruzar nosso caminho ou sair da mata para nos atacar, mas não temos de sair à sua caça. Aquele que o encontrar, mesmo que o vença, enfrentará uma árdua batalha. Cristão, ore para ser poupado desse encontro. Nosso Salvador conhecia o significado da tentação, por isso, admoestou Seus discípulos: "Orai para que não entreis em tentação."
      Contudo, se fizermos a nossa vontade, certamente seremos tentados; daí a súplica "livra-nos do mal". Deus teve um Filho sem pecado, mas não teve um filho sem tentação. O homem natural corre em direção aos problemas da mesma forma que as centelhas correm em direção ao céu; e o cristão, com certeza, em direção às tentações. É preciso estar sempre alerta contra Satanás, pois, como um ladrão, ele não avisa da sua chegada. Crentes que conhecem a maneira de agir de Satanás sabem que há ocasiões em que se pode esperar seus ataques da mesma forma que há ocasiões em que se pode esperar o sopro dos ventos gelados; por isso, o cristão deve redobrar a guarda, temendo o perigo; e afastar o perigo, preparando-se para enfrentá-lo. Prevenir é melhor do que remediar: é preferível estar tão armado que o diabo não possa atacar, do que enfrentar os perigos da luta, ainda que se possa vencer. Oremos nesta noite para que não entremos em tentação e, se entrarmos, que sejamos livres do mal.


Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 4 de março de 2011

10 de fevereiro - Devocional Vespertina

"Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi."  - Isaías 44:22

       Observem atentamente a  SEMELHANÇA DIDÁTICA: nossos pecados são como uma nuvem. As nuvens têm muitas formas e nuances, assim como as nossas transgressões. As nuvens encobrem a luz do sol e obscurecem a terra, assim como nossos pecados escondem de nós a luz da face do Senhor e nos fazem assentar à sombra da morte. Nossos pecados são coisas humanas e emergem do lodaçal da nossa natureza; e, quando são tantos que enchem suas medidas, eles nos ameaçam com tormentas e tempestades. Ai de nós, pois, ao contrário das nuvens, nossos pecados não produzem chuvas fecundantes; mas ameaçam nos inundar com a impetuosa enchente da destruição. Ó nuvens negras do pecado, como pode haver tempo bom em nossa alma enquanto permaneceis?
       Contemplemos com alegria este ATO NOTÁVEL da misericórdia divina: "o desfazer". Deus mesmo entra em cena e, em Sua divina benignidade, em vez de manifestar  a Sua ira, Ele revela a Sua graça: Ele, de uma vez e para sempre, retira eficazmente o mal, não apenas soprando a nuvem para longe, mas desfazendo-a da nossa existência, definitivamente. Contra o homem justificado nenhum pecado permanece; a grande transação feita na cruz retirou dele, para sempre, as suas transgressões. No alto do Calvário, a grande obra que removeu eternamente o pecado de todos os escolhidos foi completa e eficaz.
       Obedeçamos, de fato, à ORDEM AMÁVEL: "torna-te para mim". Por que pecadores perdoados deveriam viver longe do seu Deus? Se já fomos perdoados de todos os nossos pecados, não podemos permitir que nenhum temor nos impeça de nos aproximar ousadamente do nosso Senhor. Que haja pesar pelas reincidências, mas que não persistamos nelas. Lutemos, com todo vigor, no poder do Espírito Santo, para retornar à maior intimidade possível com o Senhor. Oh, Senhor, restaura-nos nesta noite!

Charles Haddon Spurgeon

Tradução:    Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 2 de março de 2011

12 de fevereiro - Devocional Vespertina

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" - João 14:16


       Deus Pai revelou-Se aos primeiros crentes antes da vinda de Seu Filho e foi conhecido por Abraão, Isaque e Jacó como o Deus Todo-Poderoso. Veio, então, Jesus, e o Filho bendito em pessoa foi o deleite dos olhos do Seu povo. Na ascensão do Redentor, o Espírito Santo tornou-se o cabeça da presente dispensação e o Seu poder foi gloriosamente manifestado no Pentecostes e depois dele. Ele é o atual Emanuel - o Deus conosco, habitando entre e com o Seu povo, vivificando-o, guiando-o e governando no seu meio. Será que a Sua presença é reconhecida como deveria? Não podemos controlar o Seu trabalho; Ele é soberano em todas as Suas ações. Contudo, será que estamos suficientemente ansiosos para buscar o Seu auxílio ou suficientemente alertas para não Lhe dar ocasião de retirar a Sua assistência? Sem Ele nada podemos fazer; mas, pela Sua força onipotente os resultados mais extraordinários podem ser alcançados: tudo depende de Ele manifestar ou não o Seu poder. Será que quando O procuramos, tanto para nossa vida íntima quanto para o serviço cristão, demonstramos a dependência reverente que Lhe é devida? Será que, muitas vezes, não fugimos do Seu chamado e agimos sem Seu amparo? Humilhemo-nos, nesta noite, pelas nossas negligências passadas, e roguemos que o orvalho divino venha nos recobrir, o óleo santo venha nos ungir e a chama celestial venha arder dentro de nós. O Espírito Santo não é uma dádiva passageira, Ele está sempre com os santos. Nada temos a fazer, a não ser buscá-Lo da forma correta, e Ele se deixará achar por nós. Ele arde em ciúmes, mas é compassivo; se Ele se retira com ira, retorna com misericórdia. Terno e clemente, Ele não se cansa de nós, mas aguarda para ser gracioso.

O pecado martela meu coração
Para endurecê-lo e esvaziá-lo do amor
Que a graça anule a sua ação
E seja derramada em meu favor

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza