sexta-feira, 29 de agosto de 2014

29 de agosto - Devocional Matutina

“Compadece-te de mim, ó Deus” — Salmo 51:1
Quando o Dr. Carey estava sofrendo de uma doença grave, fizeram a ele a seguinte pergunta: “Se essa doença for fatal, que passagem o senhor escolheria para o sermão do ofício fúnebre?” Ele respondeu: “Ah, sinto que uma criatura tão indigna não merece ter nada dito sobre ela; mas se um sermão deve ser pregado no ofício fúnebre, que seja sobre estas palavras: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões”. Com esse mesmo espírito de humildade, ele pediu em seu testamento que nada mais fosse gravado em sua lápide além da seguinte inscrição:
William Carey, Nascido em 17 de agosto de 1761: Falecido ━
“Um pobre verme, miserável e impotente,
Em Teus braços bondosos me entrego”.
Só com base na livre graça, os santos mais experientes e honrados podem se aproximar do seu Deus. Os melhores homens, acima de tudo, são plenamente conscientes de que, na melhor das hipóteses, são apenas homens. Barcos vazios flutuam sobre a água, mas navios carregados e pesados ficam abaixo da superfície; meros catedráticos podem se vangloriar, mas os verdadeiros filhos de Deus clamam por misericórdia pela sua inutilidade. Precisamos que o Senhor tenha misericórdia das nossas boas obras, das nossas orações, das nossas pregações, da nossa caridade e das nossas coisas mais sagradas. O sangue não era aspergido só nos umbrais das casas de Israel, mas também no santuário, no propiciatório e no altar, pois quando o pecado se intromete nas nossas coisas mais sagradas é preciso o sangue de Jesus para purificá-las da profanação. Se os nossos deveres precisam de misericórdia, o que se dirá dos nossos pecados? Como é doce a lembrança da infinita misericórdia que aguarda para nos ser graciosa, para restaurar os nossos erros e alegrar os nossos ossos partidos!
Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

28 de agosto - Devocional Matutina

“azeite para a luz” — Êxodo 25:6
Ó minh'alma, tu precisas muito desse azeite, pois tua lâmpada não ficará acesa por muito tempo sem ele. Teu pavio irá esfumaçar e se tornar uma pedra de tropeço se a luz se apagar, e se apagará se não tiver azeite. O azeite não brota naturalmente da tua natureza humana, por isso, terás de ir comprá-lo, ou terás de clamar, como as virgens néscias: “minha lâmpada está se apagando”. Até as lâmpadas consagradas não podem iluminar sem azeite; embora brilhem no tabernáculo, elas precisam ser alimentadas; embora nenhum vento forte as sopre, elas precisam ser supridas, e a tua necessidade é igualmente grande. Mesmo nas melhores circunstâncias, sem o óleo fresco concedido pela graça, não terás luz para a próxima hora.
Nem todo óleo podia ser utilizado no serviço do Senhor. O petróleo que emana em abundância da terra, o óleo de peixes ou aquele extraído das nozes não eram aceitos; somente um óleo foi selecionado, o puro azeite de oliva. A graça fingida da bondade natural, a graça fantasiosa das mãos dos sacerdotes, a graça imaginária dos rituais externos nunca poderão estar a serviço do verdadeiro santo de Deus; ele sabe que Deus não se agradaria mesmo com a abundância de tais óleos. Ele precisa ir à oliveira do Getsêmani e extrair seu suprimento dAquele que ali foi moído. O azeite da graça do evangelho é puro e sem resíduos, por isso, a luz alimentada por ele é clara e brilhante. Nossas igrejas são o candelabro de ouro do Senhor e, se devem ser luz neste mundo de trevas, precisam de muito azeite sagrado. Oremos por nós mesmos, pelos nossos ministros e pelas nossas igrejas, para que nunca nos falte o azeite para a luz. Verdade, santidade, alegria, conhecimento e amor, todos estes são feixes da luz sagrada, mas não podemos emiti-los a menos que, em particular, recebamos o óleo de Deus, o Espírito Santo.

Charles Spurgeon
Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

27 de agosto - Devocional Vespertina

“Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade” — Salmo 31:5
Estas palavras muitas vezes são usadas pelos santos na hora da morte. Talvez seja útil meditarmos nela neste dia. A principal preocupação de um crente fiel, tanto na vida como na morte, não é seu corpo ou seus bens, mas seu espírito; este é o seu tesouro — se ele está seguro, tudo está bem. O que é o estado mortal comparado à alma? O crente entrega sua alma nas mãos de Deus; ela provém Dele, é Dele, Ele a sustenta desde outrora, Ele é capaz de mantê-la e, nada mais justo de que Ele a receba. Todas as coisas estão em segurança nas mãos do Senhor; aquilo que confiamos a Ele estará seguro, tanto agora como naquele dia para o qual estamos caminhando. É um viver tranquilo e um morrer glorioso, descansar nos cuidados do céu. Em todo tempo devemos confiar tudo às mãos fieis de Jesus; assim sendo, embora a vida possa estar por um fio e as adversidades possam se multiplicar como a areia do mar, a nossa alma repousará na prosperidade e se deleitará em lugares quietos e tranquilos.
“Tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade”. A redenção é base sólida para a confiança. Davi não conheceu o Calvário como nós conhecemos, mas a redenção temporal o animou. Não nos consolará ainda mais a redenção eterna? Os livramentos do passado são uma boa justificativa para o auxílio do presente. O que o Senhor já fez, Ele fará novamente, pois Ele não muda. Ele é fiel às Suas promessas e bondoso para com Seus santos; Ele não dará as costas ao Seu povo.
Ainda que me destruas, eu confiarei
Mesmo no pó, eu Te louvarei
Prove, e digo como provo
Teu indizível amor pelo teu povo.
Podes me corrigir e castigar
Mas nunca poderás me negligenciar
Pois o preço do resgate está pago
Em teu amor minha esperança eu trago.
Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 26 de agosto de 2014

26 de agosto - Devocional Matutina

“estabeleceu para sempre a sua aliança” — Salmo 111:9

O povo do Senhor se deleita com a própria aliança. Para eles, é uma fonte de consolo à qual podem sempre recorrer, da mesma forma que ao Espírito que os leva à sala do banquete e agita sobre eles seu estandarte de amor. Eles se deleitam em contemplar a antiguidade dessa aliança, lembrando-se de que, antes mesmo da estrela da alva saber seu lugar, ou os planetas gravitarem, os interesses dos santos já estavam seguros em Cristo Jesus. É particularmente agradável a eles se lembrar da segurança dessa aliança, enquanto meditam nas fieis promessas feitas a Davi. Eles amam celebrá-la como uma aliança assinada, selada e ratificada, em todas as coisas bem ordenada. Com frequência, seu coração aumenta de alegria ao pensar na sua imutabilidade, uma aliança que nem o tempo nem a eternidade, nem a vida nem a morte, jamais serão capazes de violar — uma aliança tão antiga quanto a eternidade, tão duradoura quanto a Rocha eterna. Eles também se alegram ao se regalar na plenitude dessa aliança, pois veem todas as coisas que lhes foram preparadas. Deus é a sua porção, Cristo é a sua companhia, o Espírito é o seu Consolador, a terra é a sua residência e o céu é o seu lar. Eles veem nela uma herança reservada e inalienável para cada alma interessada na antiga escritura da dádiva eterna. Seus olhos brilharam ao compreender esse tesouro da Bíblia. Ah, como suas almas ficaram satisfeitas quando viram o que lhes foi legado no testamento e última vontade de seu parente divino! E, ainda mais prazeroso ao povo de Deus é contemplar a graciosidade dessa aliança. Eles veem que a lei não tem mais valor, pois era um pacto de obras e dependia de mérito, mas esta aliança é permanente, pois sua base é a graça, sua condição é a graça, sua força é a graça, seu baluarte é a graça, seu fundamento é a graça, sua pedra superior é a graça. A graça é um baú do tesouro, um celeiro de alimento, uma fonte de vida, a casa do tesouro da salvação, um tratado de paz e um refúgio de alegria.
Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

25 de agosto - Devocional Matutina

“seu fruto é doce ao meu paladar” — Cantares 2:3

A fé, na Escritura, é descrita sob a perspectiva de todos os sentidos. Ela é vista: Olhai para mim e sede salvos”. É ouvida: ouvi, e a vossa alma viverá”. É sentida pelo aroma: Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia”; como ungüento derramado é o teu nome”. É percebida pelo toque espiritual. Por essa fé, a mulher se aproximou por trás de Jesus e tocou a orla das Suas vestes, e por ela podemos apalpar as boas coisas relativas ao Verbo da vida. A fé, igualmente, é o experimentar do Espírito. “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca”. “Quem não come da minha carne”, disse Jesus, “e bebe do meu sangue, nele não há vida”.
Esse “experimentar” é uma das principais funções da fé. A primeira coisa realizada pela fé é o ouvir.  Nós ouvimos a voz de Deus, não só com o ouvido externo, mas com o ouvido interno; nós a ouvimos como Palavra de Deus, e cremos que seja assim, pois é o ouvir da fé. Em seguida, nossa mente enxerga a verdade que nos é apresentada; isto é, nós a entendemos, compreendemos seu significado; essa é a visão da fé. Depois, nós descobrimos a sua preciosidade; começamos a admirá-la, a sentir como é a sua fragrância; esse é o aroma da fé. E, então, nós nos apropriamos das misericórdias preparadas por Cristo para nós; esse é o toque da fé. Daí decorrem as alegrias, a paz, o deleite, a comunhão, esses são os sabores da fé. Qualquer uma dessas ações da fé é salvífica. Ouvir a voz de Cristo como a infalível voz de Deus à nossa alma nos salvará; mas o que dá verdadeira alegria é o aspecto da fé em que Cristo, pelo “experimentar” sagrado, é recebido em nós, e se torna, pela compreensão interna e espiritual da sua doçura e preciosidade, o alimento da nossa alma. É aí que “nos sentamos à sua sombra com grande deleite” e descobrimos como seu fruto é doce ao paladar.
Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

21 de agosto - Devocional Matutina

“quem dá a beber será dessedentado” — Provérbios 11:25

Aqui aprendemos uma grande lição: para receber, precisamos dar; para acumular, precisamos distribuir; para sermos felizes, precisamos fazer os outros felizes; e, para nos tornarmos espiritualmente fortes, precisamos procurar o bem espiritual dos outros. Dando de beber aos outros, nós mesmos somos saciados. Como? Esforçando-nos para sermos úteis, fazendo vir à tona a nossa capacidade de ser útil. Temos talentos latentes e habilidades adormecidas, os quais são trazidos à luz pela prática. Enquanto não nos aventuramos a pelejar pelo Senhor ou a galgar as montanhas da dificuldade, nossa força para o labor é desconhecida, inclusive de nós mesmos. Enquanto não enxugamos as lágrimas da viúva ou aliviamos a dor dos órfãos, não sabemos como é doce a nossa compaixão. Com frequência, descobrimos que, quando procuramos ensinar os outros, nós mesmos somos instruídos. Ah, que lições preciosas alguns de nós têm aprendido no leito dos enfermos! Vamos até lá para ensinar as Escrituras e saímos com vergonha por conhecê-las tão pouco. Conversando com os santos em necessidade, aprendemos o melhor caminho de Deus para nós mesmos e adquirimos uma compreensão mais profunda da verdade divina. Assim, dar de beber aos outros nos torna humildes. Descobrimos quanta graça há onde não a procuramos e como os santos em necessidade podem nos superar em conhecimento. Quando servimos o próximo, a nossa própria consolação também aumenta. Nós nos esforçamos para animá-los e o consolo alegra o nosso próprio coração. Como dois homens na neve, um fricciona os membros do outro para não deixá-lo morrer, mantendo assim o próprio sangue em circulação e salvando a própria vida. A viúva pobre de Sarepta deu do pouco que tinha para suprir as necessidades do profeta e, daí por diante, nunca mais passou necessidade. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante”.

Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

19 de fevereiro - Devocional Vespertina

“Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão.” — João 1:41

Este é um excelente exemplo dos casos em que a vida espiritual é eficaz. Tão logo uma pessoa tem um encontro com Cristo, ela passa a encontrar outras pessoas. Não vou acreditar que provaste a doçura do evangelho se não podes absorvê-lo por inteiro. A graça verdadeira põe fim a todo monopólio espiritual. André encontrou primeiro seu próprio irmão, Simão, e depois outras pessoas. Relacionamentos exigem muito de nossos primeiros esforços individuais. André, fizeste bem em começar com Simão. Não duvido que haja cristãos distribuindo folhetos nas casas dos outros e não estejam fazendo um bom trabalho distribuindo-os aos da sua própria casa — ou que alguns estejam engajados em trabalhos beneficentes no exterior e negligenciem o trabalho na esfera especial da sua própria casa. Tu podes, ou não, ser chamado a evangelizar pessoas em outros lugares, mas, com certeza, és chamado para cuidar dos teus próprios empregados, dos teus parentes e dos teus conhecidos. Que a tua religião comece em casa. Muitos comerciantes exportam seus melhores produtos — mas, não o cristão. Em qualquer lugar, sua conversa deve ter o melhor sabor; que ele tenha o cuidado de produzir o melhor fruto de vida espiritual e testemunho em sua própria família. Quando André saiu ao encontro do seu irmão, ele nem imaginava como Simão se tornaria importante. Pelo que podemos depreender da história sagrada, Simão Pedro valia dez Andrés, mas, mesmo assim, André foi providencial para levá-lo a Jesus. Talvez você não tenha muitos talentos, mas ainda assim pode ser o meio para levar a Cristo alguém que vai se tornar importante na graça e no trabalho. Ah! Caro amigo, você mal conhece o potencial que há em você. Você pode dizer apenas uma palavra a uma criança, mas talvez nela repouse um coração valioso que irá revolucionar a igreja cristã dos próximos anos. André tinha apenas dois talentos, mas ele encontrou Pedro. Vai tu e faze o mesmo.

Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 19 de agosto de 2014

19 de agosto - Devocional Matutina

“Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR” — Miqueias 5:4
O reinado de Cristo em Sua igreja é o de um rei-pastor. Ele tem autoridade suprema, mas é a autoridade de um pastor terno e sábio sobre o seu rebanho carente e amoroso; Ele dá ordens e é obedecido, mas é a obediência voluntária de ovelhas bem cuidadas, retribuída com alegria ao amado Pastor, cuja voz elas conhecem tão bem. Ele governa pela força do amor e pela firmeza da bondade.
Seu reinado é essencialmente prático. Lemos que Ele se manterá firme e apascentará o povo. O grande Cabeça da igreja está ativamente empenhado em suprir Seu povo. Ele não se assenta no trono só com ostentação ou segura o cetro sem governar. Não, ele se mantém firme e apascenta Seu povo. A expressão “apascentar”, no original, é análoga à expressão em grego, de mesmo significado em português*, ou seja, fazer o que se espera de um pastor: guiar, vigiar, preservar, restaurar, cuidar, assim como alimentar.
Seu reinado é contínuo e duradouro. Está escrito: “Ele se manterá firme e apascentará o povo”, não “Ele os alimentará uma vez ou outra e deixará seu posto”; nem “um dia fará um grande avivamento e no dia seguinte deixará Sua igreja à própria sorte”. Seus olhos nunca se fecham, Suas mãos nunca descansam; Seu coração nunca pára de bater com amor, e Seus ombros nunca se cansam de carregar o fardo do Seu povo.
Seu reinado é poderosamente eficaz em suas ações; “Ele apascentará o povo na força do SENHOR”. Seja onde Cristo estiver, lá está Deus; seja o que Cristo fizer, é feito do Altíssimo. Ah! É grande a alegria de pensar que Aquele que hoje representa os interesses do Seu povo é verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, diante de quem todo joelho se dobrará. Felizes são aqueles que pertencem a tal pastor, cuja humanidade interage com a nossa, e cuja divindade nos protege. Vamos adorar e nos curvar diante dEle como povo do Seu pastoreio.
*NT: em inglês, a palavra usada é “feed”, que significa alimentar, dar de comer
Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

26 de março - Devocional Matutina

“Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes.” — João 18:8

Vê, minha alma, o cuidado de Jesus para com as ovelhas das Suas mãos até mesmo na hora da Sua provação! O sentimento é intenso na hora da morte. Ele Se submete ao inimigo, mas intervém com uma palavra de ordem para libertar Seus discípulos. Por Si mesmo, como um cordeiro perante seu tosquiador, Ele fica mudo e não abre a boca; contudo, pelos Seus discípulos, Ele fala com energia. Eis como é o amor: constante, abnegado e fiel. No entanto, não existe aqui algo muito além da superfície? Não temos nestas palavras, a verdadeira alma e o verdadeiro espírito da expiação? O Bom Pastor dá a vida por Suas ovelhas e pleiteia para que sigam em liberdade. O Fiador é preso e a justiça exige que aqueles a quem Ele substitui sigam seu caminho. Em meio ao cativeiro do Egito, Sua voz soa como uma ordem: “deixai ir estes”. Os redimidos têm de sair da escravidão do pecado e de Satanás. Em cada cela das masmorras do Desespero ecoa o som: “deixai ir estes”, e mais adiante, nas celas do Desânimo e do Pavor. Satanás ouve a voz tão conhecida e levanta o pé do pescoço dos abatidos; a Morte a ouve e as sepulturas abrem suas portas para deixar os mortos ressurgir. O caminho deles é progressivo, santo, triunfante e glorioso, e ninguém ousará detê-los. Nenhum leão haverá no caminho, nem animal feroz passará por ele. A “corça da manhã” atrai sobre si os cruéis caçadores e as gazelas e cervas mais tímidas do campo podem pastar em perfeita paz entre os lírios do Seu amor. Trovões explodem sobre a cruz do Calvário, mas os peregrinos de Sião jamais serão atingidos pelos raios da vingança. Vem, meu coração, regozija-te na imunidade garantida pelo teu Redentor, bendize o  Seu nome o dia inteiro, todos os dias.

Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

26 de fevereiro - Devocional Matutina

“Ao SENHOR pertence a salvação!” — Jonas 2:9

A salvação é obra de Deus. Somente Ele dá vida à alma “morta em seus delitos e pecados”, e somente Ele mantém sua vida espiritual. Ele é “o Alfa e o Ômega”. “Ao Senhor pertence a salvação!” Se sou um crente fiel, Deus é quem me faz assim; se recebo bênçãos, Deus é quem as dá para mim; se minha vida é consistente com minha fé, é porque Deus me sustém com Suas mãos. Nada faço em meu próprio benefício, a não ser aquilo que o próprio Deus faz em mim primeiro. Tudo quanto tenho, tudo quanto faço de bom, vem somente do Senhor. Naquilo em que cometo pecado, é por mim mesmo; mas, naquilo que faço direito, é, única e exclusivamente, pelo Senhor. Se rebato um inimigo espiritual, é a força do Senhor que impulsiona o meu braço. Tenho vivido uma vida consagrada diante dos homens? Não sou eu, mas Cristo que vive em mim. Sou santificado? Não sou eu quem purifico a mim mesmo: é o Espírito Santo de Deus quem me santifica. Estou livre das paixões do mundo? Sou liberto pela disciplina de Deus, santificado para o meu próprio bem. Tenho crescido em conhecimento? É o grande Instruidor quem me ensina. Todas as minhas jóias foram lapidadas pela arte celestial. Em Deus, encontro tudo o que preciso; mas, em mim mesmo, nada encontro, além de pecado e miséria. “Só ele é a minha rocha, e a minha salvação”. Tenho me alimentado da Palavra? Essa Palavra não seria alimento para mim, a menos que o Senhor a fizesse alimentar a minha alma e me ajudasse a me nutrir dela. Tenho vivido do maná celestial? Que maná é esse, senão o próprio Jesus Cristo encarnado, cujo corpo e sangue eu como e bebo? Meu vigor tem sido continuamente renovado? De onde vem a minha força? Meu auxílio vem dos montes celestiais: sem Jesus nada posso fazer. Como um ramo não pode produzir fruto se não estiver na videira, nada posso fazer, além permanecer nEle. Aquilo que Jonas aprendeu nas profundezas do mar, vou aprender nesta manhã no meu quarto: “Ao Senhor pertence a salvação.”

Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

6 de agosto — Devocional Matutina

“Guarda, a que hora estamos da noite?” — Is. 21:11

Quais inimigos estão lá fora? Os erros são incontáveis, e outros novos surgem a todo instante: contra quais heresias devo ficar alerta? Quando as trevas reinam, os pecados saem do seu esconderijo; preciso subir à torre de vigia e vigiar em oração. Nosso Protetor Celestial vê de antemão todos os ataques que estão prestes a nos sobrevir e, quando Satanás deseja intentar o mal contra nós, Ele roga por nós para que a nossa fé não desfaleça quando formos peneirados como trigo. Ó gracioso Sentinela, continua a nos prevenir contra os nossos inimigos, e, por amor de Sião, não te cales.
“Guarda, a que hora estamos da noite?” Quais as condições do tempo que está vindo para a Igreja? As nuvens estão negras ou o céu está limpo e claro acima de nós? É preciso cuidar da Igreja de Deus com ávido amor; e, agora que o catolicismo romano* e a infidelidade estão nos ameaçando, é preciso observar os sinais dos tempos e se preparar para o conflito.
“Guarda, a que hora estamos da noite?” Quais são as estrelas visíveis? Quais promessas preciosas temos neste momento? Quando soas o alarme, dá-nos também o refrigério. Cristo, a estrela polar, está sempre fixa no mesmo lugar e todas as estrelas estão seguras na mão direita de seu Senhor.
Mas, guarda, quando vem a manhã? O noivo se demora. Onde estão os sinais da sua chegada como Sol da Justiça? Ainda não surgiu a estrela da manhã como penhor do dia? Quando surgirá o dia e fugirão as trevas? Ó, Jesus, se Tu não vens agora em pessoa à igreja que Te espera, vem em Espírito ao meu coração ansioso e faze-o cantar de alegria.
“A terra está alegre e radiante
Com o frescor da manhã;
Mas meu coração está frio, escuro e ofegante:
Sol da minh’alma, deixa-me ver a Tua aurora!
Vem, Jesus, Senhor
Vem, conforme a Tua Palavra, vem sem demora”

*NT: na época de Spurgeon, algumas práticas da Igreja Católica Romana estavam ameaçando invadir a igreja reformada da Inglaterra

Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

20 de agosto - Devocional Matutina

O mavioso salmista de Israel” - 2 Sm. 23:1

Dentre todos os santos cujas vidas estão registradas nas Santas Escrituras, Davi tem as experiências de caráter mais marcante, variado e instrutivo. Na sua história, nós nos deparamos com tribulações e tentações que não são vistas, de um modo geral, em outros santos dos tempos antigos, por isso, ele é um dos melhores tipos de nosso Senhor. Davi conheceu toda espécie de provação e situação humana. Os reis têm seus problemas, e Davi usou uma coroa; o homem do campo tem suas preocupações, e Davi manejou um cajado de pastor; o errante tem muitas privações, e Davi habitou nas cavernas de En-Gedi; o capitão tem suas dificuldades, e Davi descobriu que os filhos de Zeruia eram pessoas muito difíceis de se lidar. As provações do salmista também envolveram seus amigos, ele foi abandonado por Aitofel, seu conselheiro: “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (Sl. 41:9). Seus piores inimigos foram os da sua própria casa: seus filhos se tornaram a sua maior tristeza. Pobreza e riqueza, honra e difamação, força e fraqueza: todos os tipos de tentação o atacaram. Ele teve tentações externas, que perturbaram sua paz, e internas, que arruinaram sua alegria. Tão logo ele escapava de uma tribulação, caía em outra; tão logo ele emergia de um período de desânimo e temor, mergulhava em seguida em um abismo ainda mais fundo, e todas as ondas e vagalhões de Deus rolavam sobre ele. Provavelmente, é por isso que seus salmos sejam tão apreciados em toda parte pelos cristãos atribulados. Seja qual for o nosso estado de espírito, quer de euforia quer de depressão, Davi descreve exatamente as nossas emoções. Ele foi um mestre nas questões do coração humano, pois aprendeu na melhor das escolas — a escola das verdadeiras experiências pessoais. Quando aprendemos na mesma escola, quando amadurecemos em graça e em idade, passamos a apreciar cada vez mais os salmos de Davi, e a achar que eles são “pastos verdejantes”. Oh, minh’alma, que as experiências de Davi te animem e sejam teu conselho neste dia. 

Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 12 de agosto de 2014

12 de fevereiro - Devocional Matutina

“Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.” — 2 Co. 1:5

Há um bendito equilíbrio nestes versos. O Soberano Deus da Providência exibe uma balança de dois pratos: deste lado Ele coloca as tribulações do Seu povo, do outro, as suas consolações. Quando o lado das tribulações está quase vazio, podemos ver que o lado das consolações está quase nas mesmas condições; e quando o lado das tribulações está cheio, percebemos que o lado das consolações está tão pesado quanto o outro. Quando as nuvens negras estão mais densas, a luz exibida fica mais intensa. Quando a noite cai e a tempestade se aproxima, o Capitão Celestial está sempre mais perto da Sua tripulação. É uma benção que, quando estamos mais abatidos, então somos mais animados pelas consolações do Espírito. Uma das razões é porque as provações abrem mais espaço para a consolação. Grandes corações só podem ser produzidos por grandes dificuldades. A pá da aflição cava mais fundo o reservatório do consolo e abre mais espaço para a consolação. Deus entra no nosso coração — Ele o encontra cheio — e então começa a quebrar o nosso bem-estar, deixando-o vazio; assim há mais espaço para a graça. Quanto mais humilde alguém for, mais consolo terá, pois será mais capaz de recebê-lo. Uma outra razão pela qual muitas vezes somos mais felizes em meio às tribulações é que, devido a isso, temos um relacionamento mais íntimo com Deus. Quando o celeiro está cheio, o homem pode viver sem Deus: quando a bolsa está repleta de ouro, tentamos viver sem muita oração. Contudo, uma vez retiradas as plantas que nos fazem sombra, carecemos do nosso Deus; uma vez removidos os ídolos do lar, somos constrangidos a honrar o Senhor. “Das profundezas clamo a ti, SENHOR” (Sl. 130:1). Não há clamor como aquele que vem dos fundamentos dos montes; não há oração pela metade tão sincera quanto aquela que emerge das profundezas da alma em virtude das intensas tribulações e aflições. Portanto, as tribulações nos levam a Deus e ficamos mais felizes, pois a proximidade de Deus é felicidade. Vem, ó crente atribulado, não te aflijas por causa das tuas intensas provações, pois elas são os arautos das grandes misericórdias.

Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

4 de junho - Devocional Vespertina

Recebido na glória”  — 1 Tm. 3:16

Nos dias da Sua encarnação, vimos o nosso amado Senhor humilhado e ferido; pois foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is. 53:3). Aquele, cujo esplendor é como o da alva, vestiu pano de saco todos os dias: vergonha foi Sua túnica e acusações, as Suas vestes. Agora, no entanto, pelo Seu triunfo sobre os poderes das trevas no ensanguentado madeiro, podemos ver, com os olhos da fé, o nosso Rei voltando de Edom com vestes de cores vivas, portando Seu manto no esplendor da  vitória. Como deve ter sido glorioso aos olhos dos serafins quando uma nuvem O acolheu das vistas mortais e Ele foi assunto ao céu! Agora, Ele exibe a glória que tinha com Deus ou antes mesmo da terra existir; e ainda haverá uma glória maior, superior a todas as demais — aquela que Ele conquistou na luta contra o pecado, a morte e o inferno. Vitorioso, Ele exibe a coroa de glória. Ouça como a melodia se alteia! É um cântico novo e mais doce: “Digno é o Cordeiro que foi morto, pois pelo Seu sangue Ele nos remiu para Deus”. Ele exibe a glória de um Intercessor que não pode falhar, de um Príncipe que não pode ser derrotado, de um Conquistador que venceu todos os seus inimigos, de um Senhor que é fiel em todas as coisas. Jesus exibe a glória conferida a Ele pelo esplendor do céu, ministrada por miríades de miríades de anjos. Nem com toda a imaginação é possível conceber tamanha grandeza; contudo, haverá ainda outra manifestação da Sua glória, quando Ele descer do céu com grande poder, junto com todos os santos anjos — “então, se assentará no trono da sua glória” (Mt. 25:31). Ah, o esplendor dessa glória! Ela arrebatará o coração do Seu povo. Mas este não é o fim, pois o Seu louvor será ouvido por toda a eternidade, “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre” (Hb. 1:8). Leitor, se você quer se alegrar na glória vindoura de Cristo, Ele deve ser glorioso aos seus olhos agora. Ele é?

Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

12 de março - Devocional Vespertina

De quem és tu...?” 1 Samuel 30:13
Em religião, não pode haver neutralidade. Ou estamos sob a bandeira do Príncipe Emanuel, para servi-Lo e lutar Suas batalhas, ou somos escravos do príncipe das trevas, Satanás. “De quem és tu...?”
Leitor, deixe-me ajudá-lo em sua resposta. Você já “nasceu de novo”? Se já, você pertence a Cristo; mas, sem o novo nascimento, você não pode ser Dele. Em quem você crê? Pois filhos de Deus são aqueles que acreditam em Jesus. De quem é o trabalho que você faz? Esteja certo de servir ao Mestre, pois seu senhor é aquele a quem você serve. Quem são suas companhias? Se você pertence a Jesus, irá se relacionar com quem veste o uniforme da cruz. “Dize-me com quem andas e eu te direi quem és”. Como são suas conversas? Celestiais ou terrenas? O que tem aprendido com seu Mestre? — pois os servos aprendem muito com os mestres de quem são aprendizes. Se você tem gasto seu tempo com Jesus, será dito de você o mesmo que foi de Pedro e João: “e reconheceram que haviam eles estado com Jesus” (At. 4:13).
Insistimos na pergunta: “De quem és tu?”. Responda sinceramente antes de fechar os olhos para dormir. Se você não é de Cristo, você tem um trabalho muito difícil — fugir da crueldade do seu senhor! Entre para o serviço do Deus de Amor e você desfrutará de uma vida abençoada. Se você é de Cristo, permita-me dar-lhe quatro conselhos. Você pertence a Cristo: obedeça-O; deixe Sua palavra ser sua lei; deixe o desejo Dele ser a sua vontade. Você pertence ao Amado, então, ame-O; deixe seu coração recebê-lO; deixe toda sua alma ser cheia dEle. Você pertence ao filho de Deus, então, confie nEle; não descanse em outra coisa, a não ser nEle. Você pertence ao Rei dos reis, então, consagre-se a Ele. Portanto, sem ter a marca na testa, todos saberão a quem você pertence.
Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

21 de maio - Devocional Matutina



se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso” — 1 Pe. 2:3


Se — então, esta não é uma afirmação concernente a cada pessoa da raça humana. “Se” — então existe a possibilidade, e a probabilidade, de algumas pessoas não terem a experiência de que o Senhor é bondoso. “Se” — então esta não é uma misericórdia geral, mas uma misericórdia especial; e é preciso se perguntar se conhecemos a graça de Deus por meio de uma experiência interna. Não há favor espiritual que não possa ser objeto de um cuidadoso exame do nosso coração.

Contudo, embora isso deva ser assunto para um questionamento sério e reverente, ninguém pode ficar satisfeito enquanto houver esse tal de “se” sobre ter experimentado que o Senhor é bondoso. Uma desconfiança santa e zelosa de si mesmo pode levantar essa questão até no coração do crente; mas, a continuidade dessa dúvida seria um grande mal. Não podemos descansar sem uma luta renhida para abraçar o Senhor com os braços da fé, e dizer: “eu sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia (1 Tm. 1:12). Não descansa, ó crente, até teres certeza absoluta do teu amor por Jesus. Não deixes nada te satisfazer até teres certificado, pelo infalível testemunho do Espírito Santo com o teu espírito, que és filho de Deus. Oh, não brinques com isso, não permitas que o “talvez”, o “porventura”, o “se” ou o “pode ser” satisfaçam a tua alma. Edifica sobre as verdades eternas e permanecerás firme sobre elas. Busca as misericórdias usadas para com Davi e certamente as obterás. Lança tua âncora para além do véu, e cuida para que tua alma esteja ligada a ela por um cabo que não se romperá. Vai além dos sombrios “se”, não permaneças mais no deserto das dúvidas e medos; cruza o Jordão da desconfiança e entra na Canaã da paz, onde os cananeus ainda vivem, mas onde a terra não cessa de manar leite e mel.
Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

11 de junho - Devocional Matutina



Nós amamos porque Ele nos amou primeiro.” - 1 Jo. 4:19
O nosso planeta não tem luz própria, só aquela que vem do sol; e o coração não tem  amor verdadeiro por Jesus, senão aquele que vem do próprio Senhor Jesus. Todo nosso amor por Deus deve brotar da fonte transbordante do Seu infinito amor. Esta é a grande e inquestionável verdade: nós O amamos só porque Ele nos amou primeiro. O nosso amor por Ele é “o fruto” do Seu amor por nós. Uma admiração fria, decorrente do estudo das obras de Deus, qualquer pessoa pode sentir, mas o calor do amor que aquece o coração, só o Espírito de Deus pode dar. Como é surpreendente saber que dessa forma sempre somos levados a amar Jesus! Como é maravilhoso pensar que quando nos rebelamos contra Ele, numa exibição desse amor incrível, Ele buscou nos atrair de volta para Si. Não há dúvida! Jamais teríamos um grão de amor por Deus se esse grão não tivesse germinado em nosso íntimo da delicada semente do Seu amor por nós. O amor, então, tem sua origem no amor de Deus, derramado em profusão no nosso coração; no entanto, depois de um nascimento divino, ele precisa de uma nutrição divina. O amor é exótico; ele é uma planta que não florescerá naturalmente em solo humano; ele precisa ser regado de cima. O amor por Jesus é uma flor muito delicada e, se ele não recebesse outro nutriente, a não ser aquele que fosse extraído da rocha do nosso coração, ele logo murcharia. E, como o amor vem do céu, ele precisa ser alimentado com pão do céu. Ele não pode subsistir no deserto a menos que seja nutrido com o maná que vem de cima. Amor precisa ser nutrido com amor. A própria alma e a própria vida do nosso amor por Deus é o Seu amor por nós.

“Eu Te amo, Senhor, não com amor que seja meu
Pois não o tenho para dar;
Eu Te amo, Senhor; mas todo o amor é Teu,
Pois só por Teu amor eu posso andar.
Eu nada sou, mas me alegro em ser
esvaziado, consumido e tragado pelo Teu Ser”

Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 5 de agosto de 2014

5 de fevereiro - Devocional Matutina



“...o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.” - 1 João 4:14
É agravável pensar que Jesus não veio ao mundo sem a permissão, a autoridade, o consentimento e a assistência do Pai. Ele foi enviado pelo Pai para ser o Salvador dos homens. Temos uma tendência muito grande a esquecer-nos de que, embora haja distinção entre as pessoas da Trindade, não há nenhuma distinção de honra. Muitas vezes, também, atribuímos a honra da nossa salvação, ou, pelo menos, a profundidade da sua bondade, mais a Jesus do que ao Pai. Isso é um grande erro. Se Jesus veio, não foi o Pai que O enviou? Se Ele falou de forma extraordinária, não foi o Pai quem derramou graça em Seus lábios para que pudesse ser ministro idôneo da nova aliança? Quem conhece o Pai, o Filho e o Espírito Santo como deveria conhecer, nunca ama um mais que ao outro; Ele Os vê em Belém, no Getsêmani e no Calvário, todos igualmente engajados na obra da salvação. Ó cristão, crês tu no homem Jesus Cristo? Tens colocado tua confiança somente dEle? Estás unido a Ele? Então, crê que estás unido ao Deus do céu. Visto que o homem Jesus Cristo é teu irmão e gozas da Sua mais íntima companhia, estás, portanto, ligado ao Deus eterno, e o “Ancião de Dias” é teu pai e teu amigo. Já consideraste a profundidade do amor do Senhor, quando Deus Pai proveu Seu Filho para o grande ato de misericórdia? Se não, seja esta a tua meditação neste dia. O Pai O enviou! Pensa nisso. Pensa em como Jesus cumpre a vontade do Pai. Nas chagas do Salvador em agonia, vê o amor do grande EU SOU. Faz cada pensamento teu sobre Jesus estar ligado ao bendito Deus Eterno, pois “ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar.” (Is. 53:10)
Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

29 de janeiro - Devocional Matutina

“As coisas que não se vêem” - 2 Co. 4:18

Na nossa peregrinação cristã, na sua maior parte, é muito bom aguardar ansiosamente o que está à frente. À frente está a coroa, e adiante, o alvo. Seja pela esperança, pela alegria, pelo consolo ou pela inspiração do nosso amor, o futuro deve, enfim, ser o sublime objeto dos olhos da fé. Olhando para o futuro vemos o pecado banido, a morte e o corpo pecaminoso destruídos, a alma aperfeiçoada e idônea à parte que lhe cabe da herança dos santos na luz. Olhando mais adiante, os olhos iluminados do crente podem ver o rio da morte atravessado, a sombria correnteza já transposta, e a colina de luz, onde se eleva a cidade celestial, conquistada; ele vê a si mesmo adentrando aos portões de pérola, saudado como mais que vencedor, coroado pelas mãos de Cristo, envolvido pelos braços de Jesus, glorificado com Ele e assentado com Ele em Seu trono, assim como Ele triunfou e está assentado junto ao Pai em Seu trono. Pensar nesse futuro pode muito bem aliviar as trevas do passado e as sombras do presente. As alegrias do céu certamente compensarão as tristezas da terra. Cala-te, ó incerteza! A morte nada mais é que um pequeno riacho, e em breve o terás cruzado. O tempo, como é curto — a eternidade, como é longa! A morte, como é breve — a imortalidade, como é infinita! Parece que já estou comendo os cachos de uva do vale de Escol e bebendo do poço que está dentro do portão. A estrada é muito, muito curta! Em breve estarei lá!

“Quando o mundo meu coração partir
Com suas terríveis tribulações
Minha mente alegre ao céu vai subir,
Para encontrar refúgio das preocupações.
A brilhante visão da fé vai me suster
Até a peregrinação desta vida passar
Temores e problemas podem me acometer
Minh’alma, enfim, vai o lar alcançar”

Tradução: Mariza Regina de Souza