segunda-feira, 7 de agosto de 2017

7 de agosto - Devocional Matutina

Os retos te amam - Cantares 1.4 (Almeida Corrigida, Fiel)
Aqueles que creem em Jesus O amam com muito mais intensidade do que ousam amar a qualquer outro ser. Eles preferem perder pai e mãe a se separarem de Cristo. Seguram todos os luxos terrenos com mão frouxa, mas O carregam firmemente junto ao peito. Por amor a Ele, voluntariamente negam a si mesmos, mas nunca são levados a negá-lO. Um amor limitado pode ser consumido pelo fogo da perseguição; mas o amor do verdadeiro crente é muito mais forte do que isso. Ao longo dos anos, muitos têm se esforçado para separar os fiéis do seu Mestre, mas suas tentativas têm sido em vão. Assim como um nó górdio, nem coroas de glória, nem expressões de ira podem desatar este amor. Esta não é uma união comum, que o poder do mundo pode de alguma forma dissolver. Nem o homem nem o diabo encontraram a chave para abrir tal fechadura. Nunca a astúcia de Satanás foi tanta como quando ele tentou destruir o vínculo desses dois corações divinamente atados. Está escrito, e nada pode apagar a frase: Os retos te amam. A intensidade do amor dos retos, no entanto, não deve ser julgada pelo que parece ser, mas por aquilo que eles anseiam. É nosso lamento diário que não possamos amar o suficiente. Gostaria que nosso coração fosse capaz de amar mais e ir mais longe. Como Samuel Rutherford, suspiramos e clamamos: “Ah, por todo amor que há ao redor da terra e sobre o céu, sim, o céu dos céus e milhares de mundos — que eu lance tudo somente, somente, somente e unicamente em Cristo”. Mas, infelizmente, o alcance do nosso amor é pequeno demais, e a nossa afeição é apenas uma gota num imenso deserto. Que o nosso amor seja como as nossas intenções, e ele será realmente elevado: pois, cremos que o Senhor o julgará. Oh, que possamos dar todo o amor do nosso coração, todos os nossos amores, Àquele que é totalmente desejável!
 
Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

3 de agosto - Devocional matutina

O Cordeiro é a sua lâmpada - Apocalipse 21.23

Com calma, pense no Cordeiro como a luz do céu. A luz, na Escritura, é símbolo de alegria. No céu, a alegria dos santos se resume a isto: Jesus nos escolheu, nos amou, nos comprou, nos purificou, nos vestiu, nos guardou e nos glorificou: estamos aqui inteiramente pelos méritos do Senhor Jesus. Cada um desses pensamentos será para eles como um cacho de uvas do Escol (Nm 13.23). A luz é também a causa da beleza. Não há beleza quando a luz desaparece. Sem luz, a safira não resplandece; nenhum brilho suave emana da pérola; e assim, toda a beleza dos santos lá de cima procede de Jesus. Tal como os planetas, eles refletem a luz do Sol da Justiça (Malaquias 4.2); eles vivem como raios de luz que emanam do astro central. Se Ele Se retirasse, eles morreriam; se Sua glória fosse ofuscada, a glória deles desapareceria. Além disso, a luz é símbolo de conhecimento. No céu, nosso conhecimento será perfeito, mas o próprio Senhor Jesus será sua fonte. Os cuidados velados, nunca antes compreendidos, serão vistos claramente, e todas as coisas que agora nos deixam perplexos se tornarão evidentes à luz do Cordeiro. Ah, quantas revelações haverá, e que glorificarão o Deus de amor! A luz significa ainda manifestação. A luz manifesta. Neste mundo, ainda não aparece como deveremos ser. O povo de Deus é um povo encoberto, mas quando Cristo recebê-lo no céu, Ele os tocará com Sua varinha de amor e os transformará na imagem da Sua glória manifestada. Eles eram pobres e miseráveis; mas que transformação! Eles estavam manchados pelo pecado; mas um toque do Seu dedo e agora eles brilham como o sol e são claros como cristal. Mas que manifestação! E tudo isso emana do Cordeiro exaltado. Seja qual for o fulgente esplendor, Jesus será o centro e a alma de tudo. Ah, que maravilha será estar lá e vê-lo na Sua própria luz, o Rei dos reis e Senhor dos senhores!

Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

2 de agosto - Devocional vespertina

Esteve ela apanhando naquele campo até à tarde. - Rute 2.17
Vamos aprender com Rute, a apanhadora de espigas. Assim como ela saiu para colher espigas, devo ir aos campos de oração, meditação e ordenanças para ouvir a palavra e colher o alimento espiritual. Ela recolhe suas espigas uma a uma, seu ganho vem aos poucos: portanto, preciso me contentar em buscar verdades únicas, se não houver mais abundância delas. Cada espiga ajuda a fazer um molho, e cada lição do evangelho nos torna um pouco mais sábios para a salvação. Ela mantém os olhos abertos: se ela se distraísse e tropeçasse nos restolhos, não teria nada para alegremente levar pra casa no final do dia. Preciso estar atento às práticas religiosas para que elas não se tornem inúteis para mim; receio já ter perdido muita coisa — que eu possa avaliar corretamente minhas oportunidades e colher com mais diligência. Ela se inclina para pegar tudo o que encontra, e devo fazer o mesmo. Os entusiastas fazem críticas e objeções, mas as mentes humildes recolhem e recebem os benefícios. Um coração humilde é de grande auxílio para ouvir o evangelho de forma proveitosa. A penetrante palavra que salva almas não pode ser recebida sem humildade. Um corpo rígido produz um mau colhedor; fora, soberba, tu és uma vil assaltante para seres aturada sequer por um instante. Ela retém aquilo que apanha: se ela soltasse uma espiga para pegar outra, o resultado do seu dia de trabalho seria bem escasso; por isso ela é muito cuidadosa, mantendo tudo quanto apanha, e no final o resultado é excelente. Com frequência, eu me esqueço de tudo o que ouço. Uma verdade empurra a outra para fora da minha cabeça e, por isso, o que leio e o que ouço resulta em muito barulho por nada!* Será que sinto realmente a importância de guardar a verdade? O estômago vazio torna da apanhadora de espigas mais sábia; se não há espiga na mão, não haverá pão na mesa; ela trabalha sob o senso da necessidade, por isso, seus pés são ágeis e suas mãos são firmes. Tenho uma necessidade ainda maior, Senhor, ajuda-me a senti-la, para que ela possa me levar aos campos que produzem abundante recompensa à diligência.

*referência à obra de Shakespeare Much Ado About Nothing (Muito barulho por nada).

2 de agosto - Devocional Matutina

aquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade ━ Ef 1.11
A fé que temos na sabedoria de Deus pressupõe e requer que Ele tenha um propósito e um plano preordenados na obra da salvação. O que a criação teria sido sem Seu projeto? Será que existe algum peixe no mar, alguma ave no céu, que tenha surgido por acaso? Não, pelo contrário, em cada osso, junta, músculo, tendão, glândula e vaso sanguíneo podemos observar a presença de um Deus que faz tudo conforme os desígnios da Sua infinita sabedoria. E será que Deus está presente na criação, governando sobre todas as coisas, mas não na graça? Será que a nova criação é presidida pelo espírito caprichoso do livre arbítrio enquanto a antiga é governada pelo conselho divino? Pense na Providência! Quem não sabe que um pardal não cai no chão sem o consentimento do Pai? Até os cabelos da nossa cabeça estão contados. Deus pesa os montes da nossa preocupação em balança e as colinas da nossa tribulação nos seus pratos (Isaías 40.12). E será que há um Deus na providência, mas não na graça? Será que a concha veio à existência pela sabedoria e o grão pelo acaso? Não! Ele sabe o final desde o início. Ele vê no lugar designado não apenas a pedra angular que Ele assentou com argamassa colorida, no sangue do Seu Filho amado, mas Ele contempla na posição ordenada cada pedra escolhida e extraída da pedreira da natureza e polida pela Sua graça; Ele vê o todo, da extremidade à cornija, do piso ao teto, da fundação ao pináculo. Ele tem em mente um claro conhecimento de cada pedra que será assentada no espaço devido e de como será grande o edifício, quando a pedra de remate for trazida em meios a aclamações de “Graça! Graça! Para ela” (Zacarias 4.7). No final, será claramente visto que, em cada vaso de misericórdia escolhido, Jeová fez o que desejava com os Seus; e que em cada parte da obra da graça Ele realizou o Seu propósito e glorificou o Seu próprio nome.
Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 1 de agosto de 2017

1º de Agosto - Devocional vespertina

Coroas o ano com a tua bondade - Salmo 65.11 (NVI)
Durante todo o ano, a cada hora de cada dia, Deus derrama sobre nós Suas ricas bênçãos; Sua misericórdia nos assiste quando dormimos e quando despertamos. O sol pode nos deixar um legado de trevas, mas Deus nunca deixa de brilhar sobre Seus filhos com Seus raios de amor. Como um rio, Sua bondade está sempre fluindo, com uma plenitude inesgotável como a Sua própria natureza. Como a atmosfera que constantemente rodeia a terra e está sempre pronta a sustentar a vida do homem, a benevolência de Deus constantemente envolve Suas criaturas; nela, como em seu próprio elemento, elas vivem e se movem, e têm sua existência. Contudo, como o sol nos dias de verão nos ilumina com raios mais quentes e mais brilhantes do que em outras épocas, e como os rios, em determinadas épocas, estão mais cheios devido às chuvas e, como a própria atmosfera às vezes é mais fresca, estimulante e agradável, assim também é a misericórdia de Deus; ela tem seus momentos dourados; os dias em que transborda e o Senhor amplia Sua graça diante dos homens. Dentre as muitas bênçãos que temos aqui na terra, os dias alegres da colheita são uma época especial de grande favor. É na glória do outono que os frutos maduros da providência são abundantemente concedidos; esta é a doce estação onde tudo acontece, tudo o que antes era apenas esperança e expectativa. Grande é a alegria da colheita. Bem-aventurados os ceifeiros que enchem os braços com a liberalidade do céu. O salmista nos diz que a época da colheita coroa o ano. Com certeza, essa coroa de misericórdias requer uma coroa de ações de graças. Que possamos retribuí-la com profundo sentimento de gratidão. Que o nosso coração se aqueça; e o nosso espírito pense, medite e reflita sobre a bondade do Senhor. Que os nossos lábios, então, entoem louvores ao Senhor, exaltando e engrandecendo o Seu nome, de cuja graça flui toda a bondade. Glorifiquemos a Deus ofertando os nossos dons à Sua causa. Uma prova prática da nossa gratidão é uma oferta especial de ações de graças ao Senhor da colheita.
Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza