quarta-feira, 30 de novembro de 2011

22 de novembro - Devocional Vespertina

"O Poder de Sua Ressurreição" - Fp. 3:10

A doutrina da ressurreição do Salvador é extremamente preciosa. A ressurreição é a pedra angular do edifício do cristianismo. É a viga mestra da nossa salvação. Seria necessário um livro inteiro para mostrar todos os rios de água viva que fluem dessa única fonte sagrada, a ressurreição de nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo; mas saber que Ele ressuscitou e ter comunhão com Ele como tal – ter comunhão com o Salvador ressurreto em decorrência de termos uma nova vida; vê-lO deixar o túmulo em decorrência de nós mesmos deixarmos o túmulo do mundanismo - é ainda mais valioso. A doutrina é a base da experiência; no entanto, tal como a flor é mais encantadora que a raiz, a experiência da comunhão com o Salvador ressurreto é muito mais encantadora que a própria doutrina. Quero que você creia que Cristo ressuscitou dos mortos para que fale sobre isso e receba toda a consolação proveniente desse fato tão bem documentado e testemunhado; mas, eu lhe peço, não se contente só com isso. Embora você não possa, como os discípulos, ver Jesus pessoalmente, eu ainda lhe digo para desejar vê-lO com os olhos da fé; e, embora não possa, como Maria Madalena, "tocá"-Lo, ainda assim você pode ter o privilégio de conversar com Ele, e saber que Ele ressuscitou, e que você mesmo está sendo vivificado nEle em novidade de vida. Conhecer o Salvador crucificado por ter Ele crucificado todos os meus pecados é uma das coisas mais sublimes que existe; mas conhecer o Salvador ressuscitado por ter Ele me justificado, e entender que Ele me concedeu uma nova vida por ter me tornado uma nova criatura por meio da Sua própria novidade de vida, é uma experiência realmente inigualável: sem isso, ninguém pode se dar por satisfeito. Que você possa "conhecê-Lo e o poder da Sua ressurreição." Por que deveriam as almas vivificadas por Jesus vestir mortalhas de mundanismo e incredulidade? Levante-se, pois o Senhor ressuscitou.

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

22 de Abril - Devocional Matutina


“Deus O Exaltou” - Atos 5:31

Jesus, nosso Senhor, uma vez crucificado, morto e sepultado, agora está assentado no trono de glória. O mais alto lugar dos céus é Seu por direito incontestável. É maravilhoso lembrar que a exaltação de Cristo no céu é representativa. Ele está exaltado à direita do Pai; e embora, como Deus, Ele tivesse a glória eminente que as criaturas finitas não podem partilhar, como Mediador, a glória exibida por Jesus no céu é a herança de todos os santos. É muito bom pensar em quão perto está a união de Cristo com Seu povo. Somos verdadeiramente um com Ele; somos membros do Seu corpo; e a Sua exaltação é a nossa exaltação. Ele nos fará assentar em Seu trono, do mesmo que Ele venceu e está assentado no trono com o Pai; Ele tem uma coroa, e também nos dará uma; Ele tem um trono, mas não se contenta em tê-lo só para Si, Sua rainha deve estar à Sua direita, ornada com o "ouro de Ofir". Cristo não pode ser glorificado sem a Sua noiva. Crente, olhe para Jesus; deixe os olhos da fé contemplarem-nO com os diademas em Sua cabeça; e lembre-se de que um dia você será semelhante a Ele, quando irá vê-lO tal como Ele é; você não será tão excelente quanto Ele, não será tão divino, mas ainda assim partilhará, até certo ponto, as mesmas honras, e desfrutará da mesma alegria e da mesma dignidade que Ele tem. Contente-se em viver no anonimato ainda por um pouco, e andar em fadiga pelos campos da pobreza, ou subir as colinas da aflição; porque em breve você reinará com Cristo, pois Ele "nos constituiu reino e sacerdotes para Deus; e reinaremos para sempre". Que pensamento maravilhoso para os filhos de Deus! Temos a Cristo como nosso glorioso representante nas cortes do céu hoje, e em breve Ele virá nos tomar para Si, para ali estarmos com Ele, e vermos a Sua glória, e compartilharmos a Sua alegria.

Charles Haddon Spurgeon 

Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

11 de fevereiro - Devocional Vespertina

"Abandonaste o teu primeiro amor" - Apocalipse 2:4

Sempre deve ser relembrado o momento mais extraordinário e mais radiante da nossa vida: o dia em que conhecemos o Senhor, perdemos o nosso fardo, recebemos o rol das promessas, nos regozijamos na alegria da plena salvação e seguimos em paz o nosso caminho. Era primavera na alma; o inverno se fora; os trovões do Sinai se aquietaram; não se viam mais seus clarões; Deus estava satisfeito; a lei não ameaçava vingança, a justiça não exigia punição. Naquele momento, as flores desabrocharam no nosso coração; esperança, amor, paz e paciência brotaram da terra; o jacinto do arrependimento, a campânula da verdadeira santidade, o açafrão dourado da fé preciosa, o narciso do primeiro amor - tudo recobriu o jardim da alma. O tempo do canto das aves chegou e nos alegramos com ações de graças; engrandecemos o nome santo do Deus perdoador e tomamos uma resolução: "Senhor, sou Teu, sou todo Teu; tudo o que sou, tudo o que tenho, quero dedicar a Ti. Tu me reconciliaste com Teu sangue - deixa-me dedicar minha vida a Ti e ao Teu serviço. Na vida e na morte quero me consagrar a Ti." Como será que temos mantido essa resolução? O nosso amor esponsal, que ardia com fogo santo de devoção por Jesus - será que ainda é o mesmo? Será que Jesus não poderia nos dizer: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor"? Ah, Senhor! é tão pouco o que temos feito para a glória do nosso Mestre. Nosso inverno está se prolongando demais. Estamos frios como gelo quando deveríamos sentir o calor do verão e desabrochar com flores santas. Damos ao Senhor apenas uma ninharia quando Ele merece o melhor, ou mais, merece o sangue do nosso coração estampado no serviço da Sua igreja e da Sua verdade. Mas, continuaremos assim? Ó Senhor, depois de haveres nos abençoado tão ricamente, como podemos ser tão ingratos e indiferentes à Tua causa e ao Teu serviço? Vivifica-nos, pois, para que retornemos ao nosso primeiro amor e às nossas primeiras obras! Dá-nos uma primavera esplêndida, ó Sol da Justiça.

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza

29 de abril - Devocional Matutina

Meu refúgio és Tu no dia do mal. Jr. 17:17

O caminho do cristão nem sempre é brilhante e ensolarado; há tempos de escuridão e tormenta. É verdade que na Palavra de Deus está escrito "Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas as suas veredas, paz.", e também é uma grande verdade que a religião dá ao homem tanto felicidade na terra quanto gozo no céu, mas a experiência nos diz que, se o percurso do justo é "como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito", às vezes essa luz é eclipsada. Em determinadas épocas, o sol do crente fica encoberto pelas nuvens, e ele caminha na escuridão sem ver a luz. Há muitos que se regozijam na presença de Deus durante um certo tempo; eles se aquecem ao sol dos primeiros estágios da carreira cristã e caminham por "pastos verdejantes" junto a "águas tranquilas"; mas, de repente, descobrem que o céu tão lindo está cheio de nuvens; em vez de andar pela terra de Gósen, agora eles têm de andar pelas areias do deserto; em vez de água doce eles encontram águas agitadas, amargas, e dizem: "Se eu fosse filho de Deus, com certeza isso não aconteceria." Oh! não digas isso, tu que estás andando na escuridão. Os grandes santos de Deus precisam beber o absinto; os Seus filhos mais queridos precisam carregar a cruz. Nenhum cristão desfruta de prosperidade contínua; nenhum crente pode sempre deixar a harpa no salgueiro. É possível que, a princípio, o Senhor tenha lhe dado um caminho suave e sem nuvens, pois você era frágil e inseguro. Ele amaina o vento para a ovelha tosquiada; mas, uma vez que sua vida espiritual está mais forte, você precisa ter as experiências mais maduras e difíceis dos filhos adultos de Deus. Precisamos de ventos e tempestades para exercitar a nossa fé, para cortar o galho podre da autodependência, e para sermos enraizados com mais firmeza em Cristo. O dia do mal nos revela o valor da nossa gloriosa esperança.

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

6 de maio – Devocional Matutina

“Permanecemos nEle”  - 1 João 4:13

         Quer uma morada para a sua alma? “Quanto custa?”, você pergunta. É bem menos do que o orgulho humano gostaria de pagar. É sem dinheiro e sem preço. Ah! mas você quer pagar um valor justo! Gostaria de fazer algo para ter a Cristo? Mas não pode, pois a morada é "sem preço". Será que você ficará na casa do Mestre por toda a eternidade, sem pagar nada por ela, nada exceto a taxa de amá-lO e servi-lO para sempre? Será que você aceitará a Jesus e "permanecerá Nele"? Veja, esta casa tem tudo o que você quer, tem muito mais riquezas do que você poderá gastar enquanto estiver vivo.  Nela, você pode ter íntima comunhão com Cristo e regozijar-se em Seu amor; nela, as mesas têm alimento suficiente para você viver para sempre; nela, quando estiver cansado, você pode encontrar descanso em Jesus; e dela, você pode olhar para fora e ver o próprio céu.  Você quer tê-la? Ah! se for um sem-teto, você dirá: “Eu gostaria, mas será que posso?” Sim; eis a chave - a chave é "Venha para Jesus". "Mas", você diz, "Estou molambento demais para entrar nela."  Não se preocupe; há roupas lá dentro. Se você se sente culpado e condenado, venha; e ainda que a casa seja boa demais para você, Cristo em breve irá torná-lo adequado para ela. Ele irá lavá-lo e purificá-lo, e então você será capaz de cantar "Permaneço Nele".  Crente, és muito feliz por teres tal lugar de habitação! És muito privilegiado, pois tens uma "rocha habitável" onde estarás seguro para sempre. E, "permanecendo Nele", não só terás uma casa segura e perfeita, mas uma casa eterna. Quando este mundo tiver se desvanecido como um sonho, nossa casa estará lá e será mais resistente que o mármore, mais sólida que o granito, autoexistente como Deus, pois ela é o próprio Deus - "Permanecemos Nele".

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

19 de novembro - Devocional Matutina


“Evita discussões insensatas”  - Tito 3:9

Nosso tempo é curto e será melhor empregado se fizermos coisas boas em vez de debatermos sobre questões que, na melhor das hipóteses, são de pouco valor.  Os antigos escolásticos causaram muitos danos com sua incessante discussão sobre assuntos de pouca importância prática; e nossas igrejas sofrem muito com discussões mesquinhas sobre temas obscuros e banais.  Depois de dizer tudo o que pode  ser dito, nenhum dos lados fica mais sábio, por isso, as discussões não acrescentam mais conhecimento do que o amor, e  é tolice semear em  campo tão estéril.  Questões sobre pontos onde há silêncio nas Escrituras, sobre mistérios que só pertencem a Deus, sobre profecias de interpretação duvidosa e sobre o modo de observar rituais humanos são pura tolice, e são evitadas pelos sábios. Não nos compete fazer ou replicar tais questões, mas sim evitá-las; e se observarmos o preceito do apóstolo (Tito 3:8), sendo diligentes na prática das boas obras, ficaremos ocupados demais com coisas proveitosas para ter qualquer interesse em discussões inúteis, fúteis e insensatas.
Há, no entanto, algumas questões que são o reverso da insensatez, das quais não podemos nos esquivar, e que devemos responder sincera e honestamente, tais como: Será que eu creio no Senhor Jesus Cristo? Será que minha mente já foi renovada em espírito? Será que estou andando segundo a carne, ou segundo o Espírito? Será que estou crescendo na graça? Será que as minhas conversas ornam a doutrina de Deus, meu Salvador? Será que estou aguardando a vinda do Senhor, e vigiando como um servo à espera de seu amo? O que mais posso fazer por Jesus? Tais questões exigem nossa atenção imediata; e se somos dados a contestações, usemos nossa habilidade crítica para algo bem mais proveitoso.  Sejamos pacificadores e, pelo nosso exemplo e pelos nossos preceitos, esforcemo-nos para levar outros a “evitar questões insensatas”.

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza