segunda-feira, 4 de março de 2013

22 de janeiro — Devocional Matutina


Filho do homem, em que a madeira da videira é melhor do que o galho de qualquer árvore da floresta?” (Ez. 15:2 NVI)

Estas palavras são para humilhação do povo de Deus; chamam-lhes a videira de Deus, mas qual deles, por natureza, é mais do que os outros? Eles, pela bondade divina, tornaram-se frutíferos, pois foram plantados em boa terra; o Senhor os cultivou nas paredes do Santuário e eles produziram frutos para  Sua glória; mas, o que são sem seu Deus? O que são, sem a contínua influência do Espírito Santo, gerando neles fecundidade? Ó cristão, aprende a rechaçar o orgulho, vendo que não tens motivo para ele! Não importa quem sejas, nada tens que te faça orgulhoso. Quanto mais tens, mais deves a Deus, e não deves te orgulhar daquilo que te torna devedor. Considera a tua origem, olha para o que eras. Considera o que terias sido, não fosse a graça divina. Olha para ti mesmo como és agora. Porventura tua consciência não te acusa? Não estão diante de ti tuas muitas perambulações, dizendo-te que és indigno de ser chamado Seu filho? E se Ele alguma coisa te faz, não foste ensinado por isso que é a graça que te torna diferente? Ó grande crente, terias sido um grande pecador, não tivesse Deus te tornado diferente. Ó tu, fortalecido pela verdade, terias sido fortalecido pela mentira, não fosse a graça de Deus sobre ti. Portanto, não te orgulhes, pois embora tenhas muito — amplo domínio da graça, nunca tiveste nada para chamar de teu, exceto pecado e miséria. Ó estranha obsessão, que tu, que tudo tens tomado de empréstimo, penses em exaltar-te; pobre pensionista dependente da generosidade do Salvador, cuja vida se esvai sem a refrescante corrente de vida procedente de Jesus, e ainda assim cheio de orgulho! Quanta  vergonha para ti, ó coração insensato!

Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 1 de março de 2013

8 de janeiro - Devocional Matutina


A iniquidade das Coisas Santas

E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade concernente às coisas santas que os filhos de Israel consagrarem em todas as ofertas de suas coisas santas; sempre estará sobre a testa de Arão, para que eles sejam aceitos perante o SENHOR.” (Êxodo 28:38)

Que véu é levantado por estas palavras, e que revelação! Será humilhante, mas proveitoso, fazer uma pausa por alguns instantes e observar esse triste espetáculo. As iniquidades do nosso culto, sua hipocrisia, formalidade, indiferença, irreverência, inconstância de coração e esquecimento de Deus — quanta coisa! Nosso serviço para o Senhor, sua dissimulação, egoísmo, descuido, negligência, incredulidade — quanto sacrilégio! Nossa devoção pessoal, sua frouxidão, frieza, negligência, apatia e vaidade — quanta terra infértil! Se olharmos com cuidado, veremos que essa iniquidade é muito maior do que parece à primeira vista. O Dr. Payson*, escrevendo ao seu irmão, diz: “Minha paróquia, assim como meu coração, lembra muito o jardim de um preguiçoso; e o que é pior, acho que grande parte dos meus desejos para melhoria de ambos ou procedem do orgulho, ou da vaidade, ou da indolência. Observo as ervas daninhas espalhadas pelo meu jardim, e desejo sinceramente que elas fossem erradicadas. Mas, por que? O que move esse desejo? Talvez para eu poder sair e dizer a mim mesmo: ‘Como meu jardim está bem cuidado’! Isso é orgulho. Ou talvez para meus vizinhos olharem por cima do muro e dizerem: ‘Como seu jardim está florido!’ Isso é vaidade. Ou talvez eu deseje a destruição das ervas daninhas, pois estou cansado de arrancá-las. Isso é indolência.” E assim, mesmo nossos desejos de santidade podem estar contaminados por motivos vis. O vermes se escondem sob os gramados mais verdes; não é preciso observar por muito tempo para encontrá-los. Como é reconfortante pensar que, quando suportou a iniquidade das coisas santas, o Sumo-Sacerdote usou na testa as palavras “SANTIDADE AO SENHOR”; e ainda assim, quando Jesus suporta o nosso pecado, Ele apresenta diante da face do Pai não a nossa santidade, mas a sua. Oh! que a graça nos permita  ver  o nosso grande Sumo Sacerdote pelos olhos da fé!

* Edward Payson, pastor congregacional norte-americano — 1783-1827

Tradução: Mariza Regina de Souza