sexta-feira, 1 de março de 2013

8 de janeiro - Devocional Matutina


A iniquidade das Coisas Santas

E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade concernente às coisas santas que os filhos de Israel consagrarem em todas as ofertas de suas coisas santas; sempre estará sobre a testa de Arão, para que eles sejam aceitos perante o SENHOR.” (Êxodo 28:38)

Que véu é levantado por estas palavras, e que revelação! Será humilhante, mas proveitoso, fazer uma pausa por alguns instantes e observar esse triste espetáculo. As iniquidades do nosso culto, sua hipocrisia, formalidade, indiferença, irreverência, inconstância de coração e esquecimento de Deus — quanta coisa! Nosso serviço para o Senhor, sua dissimulação, egoísmo, descuido, negligência, incredulidade — quanto sacrilégio! Nossa devoção pessoal, sua frouxidão, frieza, negligência, apatia e vaidade — quanta terra infértil! Se olharmos com cuidado, veremos que essa iniquidade é muito maior do que parece à primeira vista. O Dr. Payson*, escrevendo ao seu irmão, diz: “Minha paróquia, assim como meu coração, lembra muito o jardim de um preguiçoso; e o que é pior, acho que grande parte dos meus desejos para melhoria de ambos ou procedem do orgulho, ou da vaidade, ou da indolência. Observo as ervas daninhas espalhadas pelo meu jardim, e desejo sinceramente que elas fossem erradicadas. Mas, por que? O que move esse desejo? Talvez para eu poder sair e dizer a mim mesmo: ‘Como meu jardim está bem cuidado’! Isso é orgulho. Ou talvez para meus vizinhos olharem por cima do muro e dizerem: ‘Como seu jardim está florido!’ Isso é vaidade. Ou talvez eu deseje a destruição das ervas daninhas, pois estou cansado de arrancá-las. Isso é indolência.” E assim, mesmo nossos desejos de santidade podem estar contaminados por motivos vis. O vermes se escondem sob os gramados mais verdes; não é preciso observar por muito tempo para encontrá-los. Como é reconfortante pensar que, quando suportou a iniquidade das coisas santas, o Sumo-Sacerdote usou na testa as palavras “SANTIDADE AO SENHOR”; e ainda assim, quando Jesus suporta o nosso pecado, Ele apresenta diante da face do Pai não a nossa santidade, mas a sua. Oh! que a graça nos permita  ver  o nosso grande Sumo Sacerdote pelos olhos da fé!

* Edward Payson, pastor congregacional norte-americano — 1783-1827

Tradução: Mariza Regina de Souza

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