terça-feira, 30 de setembro de 2014

30 de setembro - Devocional Matutina

 “Salmodiai a glória do seu nome, dai glória ao seu louvor.” ━ Salmo 66:2
Não nos foi deixado como opção dar glória a Deus ou não. Não há nada mais justo do que louvar a Deus, e todo cristão, como recipiente da Sua graça, é constrangido a glorificá-lo dia após dia. É bem verdade que não temos nenhuma regra autoritativa para o louvor diário; não há nenhum mandamento prescrevendo horas de louvor e de ações de graças: mas a lei escrita no coração nos ensina que é certo louvar a Deus; e o mandamento invisível nos vem com tanta força, como se estivesse gravado em tábuas de pedra ou fosse entregue a nós direto do cume trovejante do Sinai. Sim, é dever do cristão louvar a Deus. Não é apenas um exercício agradável, é uma obrigação absoluta da sua vida. Não pensem que quem está sempre pranteando tenha desculpas para não louvar a Deus, nem imaginem que possam cumprir seus deveres para com Deus sem cânticos de louvor. Somos constrangidos pelos laços do Seu amor a bendizer o Seu nome enquanto vivermos, e o Seu louvor deve estar sempre nos nossos lábios, pois somos abençoados para poder bendizê-lo: “ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor”; e, se não louvamos a Deus, não estamos dando o fruto que Ele, como o Agricultor Divino, tem o direito de esperar das nossas mãos. Não deixe sua harpa pendurada no salgueiro, mas pegue-a e se esforce, com coração agradecido, para soar a mais alta melodia. Erga-se e cante louvores a Ele. A cada amanhecer, eleve um cântico de ações de graças, e que cada pôr do sol seja seguido pela sua música. Circunde a terra com seus louvores, cerque-a com um clima melodioso e o próprio Deus ouvirá do céu e aceitará o seu cântico.
Assim eu Te amo, e amarei
À Tua glória cantarei
Pois Tu és o meu Deus de amor
O meu Rei e Redentor
Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

29 de setembro - Devocional Matutina

“Se a lepra cobriu toda a sua carne, declarará limpo o que tem a mancha.” ━ Levítico 13:13
Por mais estranho que pareça esta lei, havia nela sabedoria, pois desconsiderar a doença mostrava uma condição saudável. Talvez seja bom para nós entender o ensino simbólico de uma lei tão singular. Nós, também, temos a mesma doença e podemos ver como tal lei se aplica a nós. Quando alguém se vê completamente perdido e arruinado, totalmente corrompido e contaminado pelo pecado; quando esse alguém rejeita sua justiça própria e se declara culpado diante do Senhor, então ele é limpo pelo sangue de Jesus e pela graça de Deus. A iniquidade encoberta, insensível e inconfessa é a verdadeira lepra, mas quando o pecado é compreendido e sente ter recebido o golpe fatal, o Senhor olha com misericórdia a alma afligida por ele. Nada é mais mortal que a justiça própria, e nada dá mais esperança que a contrição. Precisamos confessar que “nada somos além de pecado”, pois, nenhuma confissão, exceto esta, será totalmente sincera e, se o Espírito Santo opera em nós, convencendo-nos do pecado, esse reconhecimento não será difícil ━ ele brotará espontaneamente dos nossos lábios. Como é grande o conforto dado por este texto àqueles que estão plenamente convictos do seu pecado! O pecado lamentado e confessado, embora terrível e imundo, jamais afastará alguém de Jesus. Aquele que for a Ele, de modo algum Ele o lançará fora. Seja desonesto como o ladrão da cruz, seja impuro como a mulher pecadora, seja ameaçador como Saulo de Tarso, seja cruel como Manassés, seja rebelde como o filho pródigo, o grande coração de amor sempre vai olhar para quem sente que não tem nenhuma virtude em si próprio e declará-lo limpo, quando ele crer no Cristo crucificado. Venha a Ele, então, pecador cansado e sobrecarregado
Venha, necessitado; venha, culpado; venha, nu e repulsivo
Com toda a sua impureza ━ venha como você realmente é
Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

26 de setembro - Devocional Matutina


“entre as murteiras que havia num vale profundo” ━ Zacarias 1:8
A visão deste capítulo descreve a situação de Israel na época de Zacarias; mas, quando interpretada em relação a nós, ela descreve a igreja de Deus como a vemos hoje no mundo. A igreja é comparada a um bosque de murtas florescendo num vale. Ela está escondida, desapercebida, oculta; sem visar honra e sem chamar atenção do observador descuidado. A igreja, como a sua cabeça, tem uma glória, mas ela está oculta aos olhos carnais, pois o tempo de irromper em todo o seu esplendor ainda não chegou. A ideia de segurança despreocupada também é sugerida: pois o bosque de murtas no vale está calmo e sereno enquanto a tempestade varre o topo da montanha.  As tempestades gastam sua força nos picos escarpados dos Alpes, mas lá embaixo, bem longe, onde flui o rio que alegra a cidade do nosso Deus, as murtas florescem perto das águas tranquilas, as quais não são agitadas pelo vento impetuoso. Como é grande a calma interior da igreja de Deus! Mesmo quando há oposição e perseguição, ela tem uma paz que o mundo não pode dar, e que, por isso, não pode ser tirada: a paz de Deus que excede todo entendimento guarda o coração e a mente do povo de Deus. Não é verdade que a metáfora retrata o pacífico e perpétuo crescimento dos santos? A murta não perde suas folhas, ela está sempre verdejante; e a igreja, mesmo em seus piores momentos, tem o bendito verdor da graça sobre ela; e não é só isso, às vezes, ela fica ainda mais verde quando o inverno é mais rigoroso. Ela prospera ainda mais quando as adversidades são mais severas. Por isso, o texto aponta para a vitória. A murta é emblema da paz e sinal significativo de triunfo. A testa dos vencedores era atada com uma coroa de murta e louro; e a igreja também não é sempre vitoriosa? Não é todo cristão mais que vencedor por meio dAquele que o amou? Vivendo em paz, não adormecem os santos nos braços da vitória?
Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

25 de setembro - Devocional Matutina

“justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” ━ Romanos 3:26
Sendo justificados pela fé, temos paz com Deus. A consciência não mais nos acusa. O tribunal agora decide a favor do pecador, não contra ele. A memória recorda os pecados passados com profundo pesar, no entanto, sem qualquer receio de receber algum castigo, pois Cristo pagou, até o último centavo, o débito do Seu povo, e recebeu de Deus o recibo de quitação; e, a menos que Deus seja tão injusto a ponto de exigir pagamento em duplicidade pelo mesmo débito, alma alguma, pela qual Cristo morreu, jamais poderá ser lançada no inferno. Crer na justiça de Deus parece ser um dos princípios genuínos da nossa natureza iluminada; sentimos que deve ser assim e, a princípio, isso nos apavora; mas não é maravilhoso saber que esse mesmo princípio, que Deus é justo, torne-se depois o pilar da nossa confiança e paz? Se Deus é justo, eu, pecador, só e sem substituto, devo ser punido; mas Jesus está na minha posição e é castigado em meu lugar; portanto, se Deus é justo, eu, pecador, estando em Cristo, jamais poderei ser castigado. Deus deve mudar a Sua própria natureza antes que uma só alma, pela qual Jesus morreu, tenha qualquer possibilidade de ser açoitada pela lei. Portanto, tendo Jesus tomado o lugar do crente ━ tendo pago o total equivalente à ira divina por todo aquele do Seu povo que devia sofrer em decorrência do pecado, agora o crente pode clamar em glorioso triunfo: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?” Deus não, pois é Ele quem justifica; Cristo não, pois foi Ele quem morreu, “sim, e foi ressuscitado”. Minha esperança não subsiste porque eu não seja pecador, mas porque sou um pecador pelo qual Cristo morreu; minha convicção não é que eu seja santo, mas que, sendo ímpio, Ele é a minha justiça. Minha fé não repousa naquilo que sou, ou serei, ou sinta, ou saiba, mas naquilo que Cristo é, naquilo que Ele fez e faz agora por mim. No leão da justiça a bela donzela da esperança anda como uma rainha.
Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 23 de setembro de 2014

23 de setembro - Devocional Matutina

“Aceitos no Amado” ━ Efésios 1:6
Que condição privilegiada! Isso inclui a nossa justificação diante de Deus, mas o termo “aceitação”, em grego, significa mais do que isso. Significa que somos objeto da complacência divina, ou até mesmo do prazer divino. Como é maravilhoso que nós, pobres, mortais, pecadores, sejamos objeto do amor divino! No entanto, somos aceitos somente no Amado. Alguns cristãos parecem ser aceitos em sua própria experiência; pelo menos, essa é a sua preocupação. Quando seu espírito está alegre e suas esperanças estão brilhando, eles acham que Deus os aceita, pois se sentem muito nobres, muito espirituais, muito enlevados! Mas, quando sua alma está junto ao pó, eles se tornam vítimas do medo de não serem mais aceitos. Se ao menos pudessem ver que, aos olhos do Pai, eles não são exaltados por suas excelsas alegrias, nem são realmente depreciados por suas profundas tristezas, mas permanecem aceitos nAquele que nunca muda, nAquele que é sempre o amado de Deus, sempre perfeito, sempre sem mácula ou ruga ou coisa semelhante, como seriam mais felizes, e como glorificariam mais ao Salvador! Portanto, ó crente, alegra-te nisto: és aceito “no Amado”. Olhas para dentro de ti mesmo e dizes: “Não tem nada aceitável aqui! Olha, porém, para Cristo, e vê se tudo não é aceitável ali! Teus pecados te perturbam; mas Deus lançou teus pecados sobre Cristo, e tu és aceito no Justo. Tens de lutar contra a corrupção e contender com a tentação, mas já és aceito nAquele que venceu os poderes do mal. O diabo te tenta; tem bom ânimo, ele não pode te destruir, pois és aceito nAquele que esmagou a cabeça de Satanás. Conhece com toda certeza a tua gloriosa posição. Nem mesmo as almas glorificadas são mais aceitas do que tu. Elas são aceitas no céu somente “no Amado”, assim como agora és aceito em Cristo.
Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

22 de setembro - Devocional Vespertina

“Desde os confins da terra eu clamo a ti, com o coração abatido; põe-me a salvo na rocha mais alta do que eu.” ━ Salmo 61:2 (NVI)
A maioria de nós sabe o que é estar com o coração abatido; vazio como quando alguém elimina a sujeira de um prato e o vira para baixo (2 Re. 21:13); inundado e adernado como um navio assaltado pela tormenta. É assim com as manifestações da nossa corrupção interior, quando o Senhor permite que o abismo da nossa depravação se agite e lance de si lama e lodo (Isaías 57:20). É assim com as mágoas e desilusões, quando vaga após vaga nos derruba e, como conchas quebradas, somos arremessados pra frente e pra trás pela rebentação. Bendito seja Deus, pois em tais ocasiões não ficamos sem o supremo consolo; nosso Deus é o porto dos veleiros castigados pelo tempo, o abrigo dos peregrinos aflitos. Mais alto do que nós Ele é; Sua misericórdia, mais alta do que os nossos pecados; Seu amor, mais alto do que os nossos pensamentos. É lamentável ver pessoas depositando sua confiança em coisas inferiores a si mesmas, e não sobre a Rocha; a nossa confiança, porém, está no supremo e glorioso Senhor. Ele é uma Rocha, pois não muda, e uma Rocha alta, pois as tempestades que nos assaltam rolam muito abaixo dos Seus pés; Ele não é incomodado por elas, mas governa-as conforme a Sua vontade. Quando nos abrigamos sob essa Rocha imponente, podemos resistir a um furacão; tudo é calmo sob a proteção do penhasco elevado. Mas, ai de nós. Tal é a confusão na qual muitas vezes a mente atribulada é lançada, que precisamos ser guiados ao abrigo divino. Por isso, a oração do texto. Ó, Senhor, nosso Deus, pelo teu Santo Espírito, ensina-nos o caminho da fé, conduze-nos ao Teu descanso. O vento nos lança no mar, o leme não obedece às nossas mãos fracas; só Tu podes nos guiar por entre bancos de areia e rochas submersas, protegidos até o porto seguro. Como é grande a nossa dependência de Ti ━ nós precisamos de Ti para nos levar a Ti. Ser sabiamente conduzido e levado em segurança e paz é dádiva Tua, somente Tua. Que neste dia Te agrades em fazeres bem aos Teus servos.
Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

19 de setembro - Devocional Matutina

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” ━ Gálatas 5:1
Esta “liberdade” nos dá direito ao estatuto do céu ━ a Bíblia. Eis um trecho escolhido: “Quando passares pelas águas, eu serei contigo”. Você pode dispor disso. Eis outra passagem: “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti”. Você pode dispor disso também. Você é um convidado bem-vindo na mesa das promessas. A Escritura é um tesouro infalível cheio de suprimento infinito da graça; Ela é o banco do céu; você pode tirar o quanto quiser, sem embaraço ou impedimento. Venha confiante e seja bem-vindo a todas as bênçãos da aliança. Nenhuma promessa da Palavra será retida. Nas profundezas da tribulação, que esta liberdade seja o seu consolo; em meio às ondas de sofrimento, que seja a sua alegria; quando a tristeza te cercar, que ela seja o teu alívio. Esta é uma dádiva de amor do Pai; podes dispor dela a qualquer hora. Também és livre para ires ao trono da graça. É privilégio do crente ter acesso contínuo ao Pai celeste. Sejam quais forem os nossos desejos, as nossas dificuldades, as nossas vontades, temos liberdade para colocar tudo diante Dele. Não importa o quanto pequemos, podemos pedir e esperar perdão. Não interessa o quanto somos pobres, podemos apelar para Suas promessas e Ele providenciará tudo o que for necessário. Temos permissão para nos aproximar do Seu trono a qualquer hora ━ na escuridão da meia-noite ou no calor ardente do meio-dia. Exerce o teu direito, ó crente, e vive à altura do teu privilégio. Tu és livre para tudo que é entesourado em Cristo ━ sabedoria, retidão, santificação e redenção. Não importa qual seja a tua necessidade, pois há abundância de suprimento em Cristo, e está lá para ti. Oh, que “liberdade” é a tua! Liberdade da condenação, liberdade para receber as promessas, liberdade para chegar ao trono da graça e, finalmente, liberdade para entrar no céu!
Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

18 de setembro - Devocional Matutina

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” ━ Gálatas 5:25
As duas coisas mais importantes na nossa religiosidade são a vida de fé e o andar da fé. Quem compreende corretamente as duas coisas não está longe de ser um mestre na teologia vivencial, pois elas são pontos vitais para o cristão. A verdadeira fé nunca virá desacompanhada da verdadeira santidade; por outro lado, nunca haverá uma vida realmente santa se não estiver enraizada numa fé viva na justiça de Cristo. Ai de quem busca uma coisa sem a outra! Algumas pessoas cultivam a fé, mas se esquecem da santidade; estas talvez sejam bastante ortodoxas, mas caem em grande condenação, pois detém a verdade pela injustiça; outras se esforçam para ter uma vida santa, mas negam a fé, como os antigos fariseus, aos quais o Mestre chamou de “sepulcros caiados”. Precisamos ter fé, esta é a base; precisamos ter santidade de vida, esta é a construção. De que serve a uma pessoa só a base do edifício em dia de tempestade? Poderá ela se abrigar dentro dele? Ela quer uma casa que a cubra, e que a casa tenha fundação. Assim, precisamos do edifício da vida espiritual se quisermos ter consolo no dia da dúvida. No entanto, não busque uma vida santa sem fé, uma vez que isso seria erguer uma casa que não poderá servir de abrigo permanente, pois não é edificada sobre a rocha. Que a fé e a vida sejam colocadas lado a lado e, como as pilastras de um arco, elas tornarão a nossa espiritualidade duradoura. Como a luz e o calor que vêm do mesmo sol, elas são igualmente cheias de bênçãos. Como os dois pilares do templo, elas são para glória e beleza. São como dois rios que fluem da mesma fonte de graça; como duas lâmpadas acesas pelo mesmo fogo sagrado; como duas oliveiras regadas pelo cuidado celestial. Ó, Senhor, dá-nos vida interior e ela será exibida externamente para a Tua glória.
Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

17 de setembro - Devocional Matutina

“Tragam-me o menino” ━ Marcos 9:19
Em desespero, o pobre pai desapontado vai dos discípulos para o Mestre. Seu filho estava na pior condição possível e todos os meios tinham falhado, mas o desafortunado garoto logo foi libertado do mal quando seu pai, com fé, obedeceu à palavra de Jesus: “tragam-me o menino”. Filhos são um presente precioso de Deus, mas, com eles, também vem muita preocupação. Eles podem ser uma grande alegria ou uma grande amargura para seus pais; podem ser cheios do Espírito de Deus ou possuídos pelo espírito do mal. Seja qual for o caso, a Palavra de Deus nos dá a receita para a cura de todos os males: “tragam-me o menino”. Oh! que haja mais orações pungentes pelos filhos quando eles são ainda bebês! O pecado está lá, que as nossas orações comecem a atacá-lo. Os clamores pelos filhos devem preceder os clamores que indicam quando realmente entram num mundo de pecado. Quando eles são jovens, vemos os tristes sinais daquele espírito surdo-mudo que não ora da forma correta nem ouve com a alma a voz de Deus; no entanto, Jesus ainda ordena: “tragam-nos para mim”. Quando são adultos, talvez chafurdem no lamaçal do pecado e espumejem hostilmente contra Deus; então, quando nosso coração estiver desfalecendo, precisamos nos lembrar das palavras do grande Médico: “tragam-nos para mim”. Não podemos deixar de orar até que eles deixem de respirar. Enquanto Jesus viver, nenhum caso é sem esperança.
Às vezes, o Senhor permite que Seu povo seja levado a um beco sem saída para que saibam, na prática, o quanto precisam Dele. Os filhos não crentes, quando nos mostram a nossa impotência contra a corrupção dos seus corações, nos fazem fugir para a fortaleza para pedir força, e esta é uma grande bênção para nós. Sejam quais forem as nossas necessidades, que elas sejam como uma correnteza forte a nos levar para o oceano do amor divino. Jesus pode rapidamente remover a nossa tristeza; Ele se deleita em nos consolar. Corramos para Ele enquanto Ele espera para nos encontrar.
Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 16 de setembro de 2014

16 de setembro - Devocional Matutina

“co-participantes da natureza divina” ━ 2 Pedro 1:4

Ser co-participante da natureza divina não é, naturalmente, tornar-se Deus. Isso não é possível. A essência da Divindade não deve ser compartilhada pela criatura. Entre a criatura e o Criador sempre haverá um abismo em sua essência; no entanto, assim como o primeiro Adão foi feito à imagem de Deus, nós, igualmente, pela renovação do Espírito Santo, num sentido ainda mais divino, somos feitos à imagem do Altíssimo e co-participantes da natureza divina. Nós, pela graça, fomos feitos semelhantes a Deus. “Deus é amor”; nós nos tornamos amor ━ “aquele que ama é nascido de Deus”. Deus é verdade; nós nos tornamos verdadeiros e amamos aquilo que é verdadeiro; Deus é bom, e nos torna bons pela Sua graça, a fim de que sejamos os puros de coração que verão a Deus. Além de tudo isso, nós nos tornamos co-participantes da natureza divina em um sentido ainda mais elevado ━ na verdade, tão elevado quanto se possa imaginar, sem ser totalmente divino. Não nos tornamos membros do corpo da divina pessoa de Cristo? Sim, o mesmo sangue que corre na cabeça corre nas mãos; e a mesma vida que há em Cristo, há também no Seu povo, pois “a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”. Mais ainda, como se isso não bastasse, nós também somos unidos com Cristo. Ele nos prometeu a Si mesmo em justiça e fidelidade, e quem é unido com o Senhor é um em espírito com Ele. Ah! Como é maravilhoso esse mistério! Nós o esquadrinhamos, mas quem poderá compreendê-lo? Um com Jesus ━ tão unidos com Ele que o ramo não é mais unido à videira do que nós somos parte do Senhor, nosso Salvador e Redentor! Ao nos alegramos com isso, lembremo-nos também de que aqueles que são tornados co-participantes da natureza divina irão manifestar esse relacionamento santo e sublime no seu relacionamento com as outras pessoas, e ficará claro no seu caminhar e nas suas conversas diárias que eles escaparam da corrupção existente nas concupiscências do mundo. Ah, que haja mais santidade de vida!

Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

15 de setembro - Devocional Matutina

“Não se atemoriza de más notícias” ━ Salmo 112:7
Cristão, você não deve temer a chegada de más notícias; pois, se for afligido por elas, o que faz além dos outros? Eles não têm a Deus para se refugiar; nunca provaram a fidelidade do Senhor como você já provou, por isso, não é de admirar que fiquem abatidos com as preocupações e sejam intimidados pelo medo; você, no entanto, tem um outro espírito; você nasceu de novo para uma viva esperança, e seu coração vive no céu, não nas coisas terrenas; ora, se ficar perturbado como os outros, qual será o valor da graça que afirma ter recebido? Onde estará a dignidade da nova natureza que alega possuir?
De mais a mais, se você se encher de temor como as demais pessoas, sem dúvida, você será levado a cometer os mesmos pecados tão comuns a elas quando estiver passando por circunstâncias difíceis. Os ímpios, quando atacados pelas más notícias, se rebelam contra Deus; ficam murmurando e acham que Ele é muito duro com eles. Você cairá no mesmo pecado? Provocará o Senhor, como eles?
Além disso, os não convertidos muitas vezes correm atrás de meios errados para fugir das dificuldades, e você fará o mesmo se ceder à pressão das circunstâncias. Confie no Senhor e espere nEle com paciência. O mais sensato é fazer como Moisés diante do Mar Vermelho: “aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará”; pois, se der lugar ao medo quando ouvir as más notícias, você será incapaz de enfrentar os problemas com aquela calma que dá forças para fazer o que é preciso e que sustenta durante a adversidade. Como poderá glorificar a Deus se bancar o covarde? Os santos muitas vezes cantaram altos louvores a Deus em meio ao fogo, mas será que as suas dúvidas e o seu desânimo, como se não houvesse ninguém para ajudá-lo, vão glorificar o Altíssimo? Então, tome coragem e tenha certeza de depositar sua fé na fidelidade no Deus da aliança, “não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

12 de setembro - Devocional Matutina

O SENHOR é Deus zeloso” ━ Naum 1:2
O Senhor é muito zeloso do nosso amor, ó crente. Não foi Ele quem nos escolheu? Ele não suporta que escolhamos outro. Não foi Ele quem nos comprou com o Seu próprio sangue? Ele não tolera que pensemos ser de nós mesmos ou pertençamos a este mundo. Ele nos amou com tanto amor que não ficaria no céu sem nós; Ele preferiria morrer antes de nos perder e não admitiria que qualquer coisa ficasse entre o nosso amor e Ele mesmo. O Senhor é muito zeloso da nossa confiança. Ele não nos deixará confiar no braço da carne. Ele não suporta que cavemos cisternas rotas, quando há fontes transbordantes sempre ao nosso dispor. Quando confiamos nEle, Ele se alegra, mas quando colocamos nossa dependência em outra coisa, quando confiamos na nossa própria sabedoria ou na sabedoria de um amigo ━ pior ainda, quando confiamos nas nossas próprias obras, Ele Se desagrada e nos disciplina até nos levar de volta a Ele. Ele é também muito zeloso da nossa companhia. Com ninguém devemos conversar tanto quanto com Jesus. Permanecer nEle somente, este é o verdadeiro amor; mas, ter comunhão com o mundo, encontrar estímulo suficiente no bem-estar carnal, ou mesmo preferir a companhia dos nossos amigos cristãos a ter um relacionamento secreto com Ele é muito doloroso para o nosso Deus zeloso. Ele quer que permaneçamos nEle e desfrutemos de constante comunhão com Ele mesmo; e, muitas das provações que Ele nos manda têm o propósito de afastar o nosso coração do nosso ser e deixá-lo mais perto dEle mesmo. Que este zelo que nos mantém mais perto de Cristo seja um consolo para nós, pois se Ele nos ama tanto a ponto de Se importar com o nosso amor, podemos ter certeza de que Ele não deixará nada nos prejudicar e irá nos proteger de todos os nossos inimigos. Oh, que possamos ter a graça de guardar o nosso coração em santa castidade somente para o nosso Amado, fechando os olhos, com zelo santo, a todas as fascinações deste mundo!

Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

11 de setembro - Devocional Matutina

“separai-vos” ━ 2 Coríntios 6:17

O cristão, embora no mundo, não deve ser do mundo. O grande objetivo da sua vida deve ser tornar-se distinto do mundo. Para ele, o “viver” deve ser “Cristo”. Seja no comer ou beber, ou em qualquer outra coisa, ele deve fazer tudo para a glória de Deus. Você pode acumular tesouros, mas junte-os no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Você pode se esforçar para ser rico; mas seja sua ambição ser “rico na fé”, e nas boas obras. Você pode ter prazer; mas, quando estiver alegre, cante salmos e, em seu coração, componha melodias para o Senhor. Em seu espírito, assim como em seu objetivo, você deve ser diferente do mundo. Quando espera humildemente diante de Deus, consciente da Sua presença, se deleita na comunhão com Ele e busca conhecer a Sua vontade, você está provando ser da família celestial. E você também deve ser separado do mundo nas suas ações. Se uma coisa for certa, mesmo perdendo, faça-a; se for errada, mesmo ganhando, despreze o pecado por amor do seu Mestre. Não se associe às obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condene-as. Ande de modo digno da sua vocação e dignidade. Lembra-te, cristão, que és filho do Rei dos reis. Portanto, guarda-te incontaminado do mundo. Não sujes os dedos com os quais em breve estarás tocando as cordas celestiais; não deixes que os teus olhos se tornem janelas de concupiscências, pois logo verás o Rei na Sua formosura ━ não permitas que os teus pés se sujem na lama, pois estão prestes a caminhar pelas ruas de ouro ━ não deixes o teu coração se encher de orgulho e amargura, pois dentro em breve ele estará cheio do céu e transbordante de alegria arrebatadora.

Então, sobe, ó minh’alma! e voa bem alto,
Acima da multidão imprudente;
Acima do alegre deleite,
E da vaidade esplendente;
Para onde a beleza é tão terna,
E os prazeres indescritíveis;
Para onde a riqueza é eterna,
E as glórias indizíveis.

Tradução: Mariza Regina de Souza

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

10 de setembro - Devocional Vespertina

“lobos ao anoitecer” ━ Habacuque 1:8
Enquanto preparava o presente volume, esta expressão em particular voltou tantas vezes ao meu pensamento que resolvi dedicar uma página a ela, a fim de me livrar do seu importúnio. O lobo ao anoitecer, enfurecido por um dia de fome, fica mais feroz e voraz do que pela manhã. Será que essas criaturas furiosas não representam as dúvidas e medos de um dia inteiro de agitação, perdas financeiras e provocações mesquinhas de nossos semelhantes? Nossos pensamentos não uivam em nossos ouvidos: “Onde está o teu Deus?” Como são vorazes e gananciosos, engolindo todas as palavras de consolo e continuando tão famintos quanto antes. Grande Pastor, dá cabo dos lobos ao anoitecer e faz tuas ovelhas repousarem em pastos verdejantes, sem a perturbação da insaciável incredulidade. Como os demônios do inferno são semelhantes a lobos vorazes! Pois, quando o dia está nublado e cinzento para o rebanho de Cristo, e o sol parece mais fraco, eles se apressam a rasgar e devorar. Eles raramente atacam o cristão na claridade da fé, mas caem sobre ele no escuridão do conflito da alma. Ó, Tu que deste a vida pelas Tuas ovelhas, protege-as das presas do lobo.
Os falsos mestres, que caçam vidas preciosas com astúcia e diligência, devorando os homens pela falsidade, são tão perigosos e detestáveis quanto lobos ao anoitecer. A escuridão é o seu elemento, o engano é a sua natureza , a destruição é o seu objetivo. Eles são ainda mais perigosos quando estão em pele de cordeiro. Bendito seja Aquele que nos alerta da sua aproximação, pois milhares se tornam presa dos lobos atrozes que entram no aprisco da igreja.
Quão maravilhosa é a graça quando perseguidores ferozes se convertem, pois, então, o lobo habita com o cordeiro, e homens incontroláveis e crueis se tornam dóceis e gentis. Ó, Senhor, converte tais homens: vamos orar por isto nesta noite.
Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 9 de setembro de 2014

09 de setembro - Devocional Matutina

“E te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” ━ Jeremias 33:3

Há diferentes traduções dessas palavras. Uma versão diz: “e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes”. Outra, “coisas grandiosas e insondáveis”. Ora, há coisas especiais e insondáveis na vida cristã: todas as etapas da vida espiritual não são igualmente fáceis de conquistar. Há sensações e sentimentos comuns que são gozados por toda a família cristã, tais como o arrependimento, a fé, a alegria e a esperança; mas há um estado superior de enlevo espiritual, de comunhão, de união com Cristo, que está longe de ser a morada comum dos crentes. Nem todos podem ter o grande privilégio de João, de se reclinar sobre o peito de Jesus; nem o de Paulo, de ser arrebatado ao terceiro céu. Há níveis no conhecimento prático das coisas de Deus que nunca foram vistos pelos olhos aguçados do discernimento ou pelo pensamento filosófico: só Deus pode nos levar até lá; mas a carruagem onde Ele nos leva e os cavalos de fogo que a puxam são as orações eficazes. A oração eficaz prevalece sobre a misericórdia de Deus, “no vigor da sua idade, lutou com Deus; lutou com o anjo e prevaleceu; chorou e lhe pediu mercê; em Betel, achou a Deus, e ali falou Deus conosco”. A oração eficaz leva o cristão ao monte Carmelo e lhe permite cobrir o céu com nuvens de bênçãos e a terra com rios de misericórdia. A oração eficaz conduz o cristão ao cume de Pisga e mostra a ele a herança que lhe está reservada; ela nos faz subir ao monte Tabor e nos transforma até a semelhança de nosso Senhor; como Ele é, assim também seremos nós neste mundo. Se você quiser alcançar algo mais elevado que uma simples experiência comum, olhe para a Rocha que é mais alta que você, e veja, com os olhos da fé, através da janela da oração persistente. Quando você abre a janela do seu lado, ela não será trancada pelo outro.

Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

08 de setembro - Devocional Matutina

“De mim procede o teu fruto.” ━ Oseias 14:8
Nosso fruto procede de Deus quanto à união. O fruto no ramo está ligado diretamente à raiz. Sem essa ligação, o ramo morre e não produz nenhum fruto. Só damos fruto em virtude da nossa união com Cristo. Todo cacho de uva começa na raiz, passa pelo caule, flui pelos vasos de seiva e se forma no fruto exterior; mas começa na raiz; da mesma forma, toda boa obra começa em Cristo e depois nasce em nós. Ó cristão, valoriza tua preciosa união com Cristo, pois ela deve ser a fonte de todos os frutos que esperas produzir. Se não estivesses unido a Cristo, tu, na verdade, serias um ramo estéril.
Nosso fruto procede de Deus quanto à providência espiritual. Quando as gotas de orvalho caem do céu, quando as nuvens olham do alto e estão prestes a derramar seu tesouro líquido, quando o sol enche os bagos do cacho de uva, cada dádiva celestial sussurra para a árvore e diz: “de mim procede o teu fruto”. O fruto deve muito à raiz ━ ela é essencial para sua frutificação ━ mas também deve muito às influências externas. Quanto devemos à graciosa providência de Deus! Que nos dá constante vigor, ensino, consolo e força, ou qualquer outra coisa que desejemos. A ela devemos toda a nossa utilidade ou virtude.
Nosso fruto procede de Deus quanto à lavoura bem cuidada. A tesoura afiada do jardineiro faz a árvore dar frutos, desbastando os cachos e podando os ramos desnecessários. Assim é, cristão, a poda que o Senhor faz em ti. “Meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda”. Sendo Deus o autor das nossas bênçãos espirituais, demos a Ele toda a glória da nossa salvação.
Tradução: Mariza Regina de Souza

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

05 de setembro - Devocional Matutina

“Ai de mim, que peregrino em Meseque e habito nas tendas de Quedar.” ━ Salmo 120:5

Como cristão, você tem de viver num mundo ímpio e não adianta nada ficar choramingando “ai de mim”. Jesus não orou para que fôssemos tirados do mundo e, pelo que Ele não orou, não podemos ansiar. Bem melhor é vencer a dificuldade na força do Senhor, e glorificá-lO nisso. O inimigo está sempre à espreita para detectar incoerências em sua conduta; portanto, seja muito santo. Lembre-se, todos têm os olhos em você e espera-se muito mais de você do que dos outros. Esforce-se para não dar ocasião a acusações. Deixe sua bondade ser a única falta descoberta em você. Como Daniel, constranja-os a dizer de você: “Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus”. Procure ser útil, além de coerente. Talvez você pense: “Se estivesse num local melhor, eu poderia servir à causa do Senhor, mas onde estou, nada posso fazer de bom”. No entanto, quanto piores as pessoas com as quais você convive, mais elas necessitam do seu empenho; se são desonestas, maior a necessidade de você dizer-lhes o que é certo; se são obstinadas, maior a necessidade de você para terem o coração soberbo transformado pela verdade. Onde o médico é mais necessário, senão onde há mais doentes? Onde a honra é conquistada por um soldado, senão no maior calor da batalha? E, quando cansado das lutas e do pecado que o atacam por todos os lados, pense que todos os santos passaram pelas mesmas provações. Eles não foram levados para o céu em camas macias, e você não deve esperar viajar com mais facilidade do que eles. Eles tiveram de expor a vida à morte nas alturas do campo, e você não receberá sua coroa até ter passado pelas dificuldades como um bom soldado de Cristo. Portanto, “permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos”.

Tradução: Mariza Regina de Souza

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

30 de agosto - Devocional Matutina

“Espera pelo SENHOR” ━ Salmo 27:14, cf. Habacuque 2:1-3

Esperar pode parecer uma coisa fácil, mas é uma das posturas que o soldado cristão só aprende depois de muitos anos de instrução. Marchar e marchar a passo acelerado é muito mais fácil ao guerreiro de Deus do que ficar parado. Há horas de em que os espíritos mais afoitos, ansiosos por servir ao Senhor, ficam confusos e não sabem como agir. O que fazer? Deixar-se tomar pelo desespero? Bater em retirada como um covarde, fugir como um medroso ou avançar como um soldado destemido? Nada disso, só é preciso esperar. Mas esperar em oração. Clame a Deus e exponha a Ele o problema; conte-Lhe suas dificuldades e suplique Seu auxílio. Quando se está em dúvida entre um dever e outro, é bom ser humilde como uma criança e esperar com simplicidade de alma no Senhor. Certamente ficaremos bem com nós mesmos ao sentir e conhecer a nossa própria loucura, e desejar sinceramente a orientação da vontade de Deus. Contudo, é preciso esperar com fé. Expresse uma confiança inabalável nEle, pois esperar sem fé e sem confiança é insultar o Senhor. Creia que, mesmo quando Ele nos faz esperar até a meia-noite, Ele ainda virá na hora certa; a visão virá e não tardará. É preciso também esperar com calma e paciência. Não se revolte por estar passando por aflições, bendiga a Deus por isso. Não murmure contra as circunstâncias, como fizeram os filhos de Israel contra Moisés; não deseje voltar às coisas passadas, aceite-as como elas são, coloque-as assim, com simplicidade e inteireza de coração, sem interesse próprio, nas mãos do Deus da aliança, dizendo: “Seja feita a Tua vontade, Senhor, não a minha. Não sei o que fazer. Cheguei ao meu limite, mas esperarei até que dividas as águas ou rechaces meus inimigos. Eu esperarei, ainda que me detenhas por muitos dias, pois meu coração está em Ti somente, ó Deus, e meu espírito anseia por Ti em plena convicção de que Tu és a minha alegria e a minha salvação, meu refúgio e minha torre forte”.

Tradução: Mariza Regina de Souza

terça-feira, 2 de setembro de 2014

22 de agosto - Devocional Matutina

“Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor.” — Cantares 5:8

Esta é a linguagem do crente que anela por Jesus quando entra em comunhão com Ele, ele desfalece de amor pelo seu Senhor. Almas piedosas não se sentem totalmente à vontade, a não ser quando estão em íntima comunhão com Cristo, pois quando estão longe Dele, elas perdem a paz. Quanto mais perto de Cristo, mais perto da tranquilidade perfeita do céu; quanto mais perto de Cristo, mais repleto o coração, não só de paz, mas de vida, vigor e alegria, pois todas estas coisas dependem de um relacionamento constante com Ele. O que o sol é para o dia; o que a lua é para a noite; o que o orvalho é para a flor; assim é Jesus para nós. Como o pão é para quem tem fome; a roupa para quem está nu; a sombra de uma grande rocha para o viajante numa terra sedenta, assim é Jesus para nós; por isso, se não formos conscientemente um com Ele, não é de admirar que nosso espírito grite as palavras do Cântico: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor”. Este desejo sincero por Jesus está ligado a uma bênção: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”; portanto, são extremamente bem-aventurados aqueles que têm sede do Justo. Bem-aventurado o que tem fome, pois isso vem de Deus; se ainda não tenho a ventura completa de estar saciado, desejo buscá-la em privação e sofreguidão até estar repleto de Cristo. Se não posso me alimentar de Jesus, deve estar próximo o céu para quem tem fome e sede Dele. Nessa fome há santidade, pois ela brilha entre as bem-aventuranças do Senhor. Mas a bem-aventurança envolve uma promessa. Aqueles que têm fome “serão fartos” com aquilo que desejam. Portanto, se Cristo nos faz ter tal desejo por Ele mesmo, com certeza, Ele também satisfará esse desejo; e, quando Ele vier a nós, e Ele virá, que delícia será!

Tradução: Mariza Regina de Souza

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

1º de setembro - Devocional Matutina

“Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória” - Salmo 73:24

O salmista sentiu a necessidade da orientação divina. Ele tinha acabado de descobrir a loucura do seu próprio coração e, para não ser sempre enganado por ela, decidiu que o conselho de Deus deveria guiá-lo dali por diante. A percepção da nossa própria loucura é um grande passo em direção à sabedoria, quando isso nos leva a confiar na sabedoria de Deus. O cego se apoia no braço do amigo e chega em casa em segurança; portanto, devemos nos entregar implicitamente à sabedoria divina, sem duvidar, certos de que, mesmo sem poder ver, é sempre mais seguro confiar no Deus que tudo vê. Tu me guias é uma expressão bendita de confiança. O salmista estava certo de que o Senhor não iria recusar essa humilde tarefa. Esta palavra é para ti, ó crente, descansa nela. Tem certeza de que Deus é teu conselheiro e teu amigo; Ele te guiará; Ele te dirigirá em todos os teus caminhos. Esta certeza, em parte, está na Sua Palavra escrita, pois a Sagrada Escritura é o conselho de Deus para ti. Felizes somos nós, por termos sempre a Palavra de Deus para nos guiar! O que seria do marinheiro sem sua bússula? E o que seria dos cristãos sem a Bíblia? Ela é um mapa cartográfico infalível, um mapa onde cada banco de areia é descrito, onde todos os poços de areia movediça destruidora, até o porto seguro da salvação, são mapeados e sinalizados por Aquele que conheço todo o caminho. Bendito és Tu, ó Deus, por podermos confiar em Ti para nos guiar agora, e para nos guiar até o final! Após essa orientação na vida, o salmista antecipa a recepção divina final ━ e depois me recebes na glória. Que pensamento sublime para Ti, ó crente! O próprio Deus te receberá na glória ━ te receberá! Ainda que vagueies, andes errante ou te desvies, Ele te levará em segurança, finalmente, para a glória! Esta é a tua porção; alimenta-te dela hoje; e, se as dificuldades te cercarem, com a força deste texto vai direto para o trono!

Tradução: Mariza Regina de Souza