terça-feira, 12 de agosto de 2014

12 de fevereiro - Devocional Matutina

“Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.” — 2 Co. 1:5

Há um bendito equilíbrio nestes versos. O Soberano Deus da Providência exibe uma balança de dois pratos: deste lado Ele coloca as tribulações do Seu povo, do outro, as suas consolações. Quando o lado das tribulações está quase vazio, podemos ver que o lado das consolações está quase nas mesmas condições; e quando o lado das tribulações está cheio, percebemos que o lado das consolações está tão pesado quanto o outro. Quando as nuvens negras estão mais densas, a luz exibida fica mais intensa. Quando a noite cai e a tempestade se aproxima, o Capitão Celestial está sempre mais perto da Sua tripulação. É uma benção que, quando estamos mais abatidos, então somos mais animados pelas consolações do Espírito. Uma das razões é porque as provações abrem mais espaço para a consolação. Grandes corações só podem ser produzidos por grandes dificuldades. A pá da aflição cava mais fundo o reservatório do consolo e abre mais espaço para a consolação. Deus entra no nosso coração — Ele o encontra cheio — e então começa a quebrar o nosso bem-estar, deixando-o vazio; assim há mais espaço para a graça. Quanto mais humilde alguém for, mais consolo terá, pois será mais capaz de recebê-lo. Uma outra razão pela qual muitas vezes somos mais felizes em meio às tribulações é que, devido a isso, temos um relacionamento mais íntimo com Deus. Quando o celeiro está cheio, o homem pode viver sem Deus: quando a bolsa está repleta de ouro, tentamos viver sem muita oração. Contudo, uma vez retiradas as plantas que nos fazem sombra, carecemos do nosso Deus; uma vez removidos os ídolos do lar, somos constrangidos a honrar o Senhor. “Das profundezas clamo a ti, SENHOR” (Sl. 130:1). Não há clamor como aquele que vem dos fundamentos dos montes; não há oração pela metade tão sincera quanto aquela que emerge das profundezas da alma em virtude das intensas tribulações e aflições. Portanto, as tribulações nos levam a Deus e ficamos mais felizes, pois a proximidade de Deus é felicidade. Vem, ó crente atribulado, não te aflijas por causa das tuas intensas provações, pois elas são os arautos das grandes misericórdias.

Tradução: Mariza Regina de Souza

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