quarta-feira, 11 de novembro de 2020

11 de novembro - Devocional Matutina

 por baixo de ti, estende os braços eternos

Deuteronômio 33:27

Deus — o eterno Deus — Ele mesmo é o nosso amparo em todos os momentos, especialmente quando estamos afundando nas tribulações. Há momentos em que o cristão fica muito humilhado. Com profundo senso de sua enorme pecaminosidade, ele se humilha diante de Deus a tal ponto que mal consegue orar, pois, a seus próprios olhos, ele parece totalmente sem valor. Bem, filho de Deus, lembra-te de que, ainda que estejas na pior e mais infeliz época da tua vida, “por baixo” de ti “estão os braços eternos”. O pecado pode lentamente arrastá-lo para baixo, mas a grande expiação de Cristo ainda está por baixo de tudo. Você pode ter descido às profundezas, mas talvez não tenha descido até “o fundo”, e no fundo Ele salva. Além disso, às vezes, o cristão mergulha em dolorosas provações externas. Cada suporte terreno é cortado. O que acontece, então? Debaixo dele ainda estão os “braços eternos”. Por mais fundo que ele possa mergulhar em sua angústia e aflição, a graça da aliança de um Deus fiel sempre o envolverá. O cristão pode também estar afundando em problemas devido a um terrível conflito interno, mas mesmo assim, ele não pode descer tanto a ponto de ficar fora do alcance dos “braços eternos” — eles estão por baixo dele; e, enquanto eles o sustém, todos os esforços de Satanás para prejudicá-lo nada valem.

A garantia desse amparo é um consolo para qualquer trabalhador cansado, mas sincero, no serviço de Deus. Isso pressupõe força para cada dia, graça para cada necessidade e poder para cada dever. Além disso, quando a morte chegar, a promessa ainda será válida. Quando estivermos no meio do Jordão, poderemos dizer com Davi: “não temerei mal algum, porque Tu estás comigo” (Sl 23.4). Nós desceremos à sepultura, mas não iremos além dela, pois os braços eternos impedem que desçamos mais. Por toda a vida, até o fim, seremos amparados pelos “braços eternos” — braços que não se cansam nem perdem a força, pois “o Deus eterno nunca se cansa, nem se fatiga” (Is 40:28).

Charles Spurgeon


Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza


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