terça-feira, 17 de outubro de 2017

17 de outubro - Devocional Matutina

Disse, porém, Davi consigo mesmo: Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul. (1 Samuel 27.1)

O pensamento de Davi naquele momento era um pensamento falso, pois, com certeza, ele não tinha motivos para achar que Deus o tinha ungido por meio de Samuel com a intenção de abandoná-lo sem mais nem menos. Em momento algum o Senhor desamparou Seu servo; é bem verdade que Ele o colocou diversas vezes em posição de perigo, mas em nenhuma delas a intervenção divina deixou de livrá-lo. As provações pelas quais ele passou foram bem variadas; elas não foram todas iguais, mas ocorreram de diversas formas — ainda assim, em todos os casos, Aquele que enviou a tribulação também ordenou graciosamente um meio de escape. Davi não podia apontar nenhuma entrada do seu diário e dizer: “Eis aqui uma prova de que o Senhor vai me desamparar”, pois todo o teor da sua vida passada provava exatamente o contrário. Ele deveria pensar no que Deus tinha feito por ele; que Deus ainda seria seu defensor. Mas não é exatamente assim que nós duvidamos do auxílio de Deus? Não é uma desconfiança sem sentido? Será que temos a mínima razão para duvidar da bondade do nosso Pai? Sua misericórdia não tem sido maravilhosa? Alguma vez Ele já deixou de ser digno da nossa confiança? Ah, não mesmo! Nosso Deus jamais nos deixou. É certo que temos noites tenebrosas, mas a estrela de amor brilha mais forte em meio à escuridão; passamos por lutas difíceis, mas Ele mantém Seu escudo sobre a nossa cabeça para nos defender. Passamos por muitas provações, mas nunca para nosso prejuízo; sempre para o nosso bem; e a conclusão de tudo pelo que passamos é: Aquele que nos livrou de seis angústias, na sétima não nos abandonará (Jó 5.19). Aquilo que conhecemos do nosso Deus fiel prova que Ele nos guardará até o final. Portanto, que nunca sejamos contrários à evidência. Como podemos ser tão miseráveis a ponto de duvidar do nosso Deus? Senhor, lança no chão a Jezabel da nossa desconfiança, e que os cães a devorem!

Charles Spurgeon

Tradução e Revisão: Mariza Regina de Souza

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