terça-feira, 31 de outubro de 2017

31 de outubro - Devocional matutina

“renova dentro de mim um espírito inabalável” ━ Salmo 51.10

Para o infiel, se ainda restou dentro dele uma centelha de vida, ela irá brilhar após sua restauração. Nessa renovação, é preciso o mesmo exercício da graça que houve na nossa conversão. Naquele momento foi preciso arrependimento; e, com certeza, agora também. Carecíamos de fé para nos aproximar de Cristo; agora, só a mesma graça pode nos levar a Ele. No início, foi necessário uma palavra do Altíssimo, uma palavra dos lábios do Amado, para pôr fim aos nossos medos; agora, logo descobriremos que, quando temos plena convicção do nosso pecado, também necessitamos dela. Como no princípio, ninguém pode ser renovado sem a manifestação real e verdadeira da força do Espírito Santo, pois a obra é imensa, e carne e sangue irão se opor a ela como sempre fizeram. Que a tua fraqueza pessoal, ó cristão, seja um bom argumento para orares a Deus com fervor, suplicando o Seu auxílio. Lembre-se, Davi, quando se sentiu impotente, não cruzou os braços nem fechou os lábios, mas correu para o propiciatório, pedindo: “renova dentro de mim um espírito inabalável”. Não permita que a doutrina “sem auxílio, você nada pode fazer” o entorpeça; mas que ela o leve, com toda sinceridade, ao poderoso Ajudador de Israel. Ah, que você possa ter a graça de rogar a Deus, como se rogasse por sua própria vida: “Senhor, renova dentro de mim um espírito inabalável”. Aquele que, sinceramente, ora a Deus pedindo isso, provará sua honestidade usando os meios pelos quais Deus opera: orando sem cessar, vivendo de acordo com Sua Palavra; fazendo morrer as concupiscências que o afastam do Senhor; vigiando para não cair em tentação. O Senhor tem seus próprios caminhos; sente-se à beira da estrada e você estará pronto quando Ele passar. Permaneça firme em todas as benditas ordenanças que alimentam e nutrem seus dons desvanecentes; e, sabendo que todo poder deve vir Dele, não cesse de clamar: “renova dentro de mim um espírito inabalável”.

Charles Spurgeon
Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

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