sexta-feira, 17 de agosto de 2018

17 de agosto - Devocional Vespertina

“Esta enfermidade não é para morte” - João 11.4


Pelas palavras de nosso Senhor, aprendemos que há um limite para a doença. Existe um “até” dentro do qual o fim último é contido, e além do qual não pode ir. Lázaro poderia passar pela morte, mas a morte não deveria ser o último estágio da sua doença. Em toda enfermidade, o Senhor diz às ondas de dor: “Até aqui irás, mas não além”. A intenção do Seu propósito não é a destruição, mas a instrução do Seu povo. A Sabedoria prende o termômetro na boca do forno e regula o calor.

  1. O limite é consoladoramente abrangente. O Deus da providência põe limite ao tempo, à maneira, intensidade e repetição, e influencia todas as nossas enfermidades; cada batimento cardíaco é decretado, cada hora insone predestinada, cada recaída ordenada, cada depressão do espírito prevista e cada resultado santificador eternamente proposto. Nada, seja grande ou pequeno, escapa à mão soberana dAquele que conta os fios de cabelo da nossa cabeça. 
  2. Esse limite é sabiamente ajustado à nossa força, ao fim proposto e à graça concedida. A aflição não vem por acaso ━ o peso de cada golpe da vara é medido com precisão. Aquele que não errou ao equilibrar as nuvens e estender os céus, não comete erros ao pesar os ingredientes que compõem o remédio das almas. Não sofremos além da conta, nem recebemos alívio tarde demais. 
  3. O limite é gentilmente estipulado. O bisturi do Cirurgião celestial nunca penetra além do que é absolutamente necessário. “Porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (Lamentações 3.33). O coração da mãe grita: “Poupe meus filhos”; no entanto, nenhuma mãe é mais compassiva do que o nosso bondoso Deus. Quando pensamos no quanto somos teimosos e obstinados, é de admirar que não sejamos tratados com mais rigor. Pensar que Aquele que fixou os limites da nossa habitação é o mesmo que fixa os limites da nossa tribulação nos enche de consolo.

Charles Spurgeon
Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

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