terça-feira, 28 de agosto de 2018

28 de agosto - Devocional vespertina


“Canta alegremente, ó estéril”
Isaías 54.1
Apesar de produzirmos alguns frutos para Cristo, e de termos a doce esperança de ser “plantio da Sua destra”, ainda assim, algumas vezes, nos sentimos totalmente estéreis. A nossa oração é sem vida, o amor é frio, a fé é fraca, e as graças no jardim do nosso coração definham e caem. Somos como flores ao sol quente que precisam ser regadas. O que devemos fazer em tais condições? O texto de Isaías é dirigido exatamente para pessoas nessa situação. “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz”. Mas, cantar sobre o quê? Não posso falar sobre o presente, e até o passado parece totalmente árido. Ah! Mas posso cantar sobre Jesus Cristo. Posso falar sobre as visitas do Redentor; ou, então, posso exaltar o grande amor com que Ele amou Seu povo, descendo das alturas para redimi-lo. Irei à cruz outra vez. Vem, minh’alma, já suportaste grande peso, mas ali perdeste o teu fardo. Vai de novo ao Calvário. Talvez a própria cruz que te deu vida possa te fazer frutificar. O que é a minha esterilidade? É a plataforma para o poder criador e frutificador do Senhor. O que é a minha desolação? É o negro pano de fundo para a safira do Seu amor eterno. Irei em pobreza, irei em carência, irei em toda a minha vergonha e falta de fé, e Lhe direi que ainda sou Seu filho e, confiante na fidelidade do Seu coração, até mesmo eu, um estéril, cantarei e exultarei.
Canta, ó crente, pois isso animará tanto o teu próprio coração quanto o coração de outros desolados. Canta, pois agora que estás realmente envergonhado da tua esterilidade, em breve, serás frutífero; agora que Deus te deixa inquieto por não dar frutos, logo Ele te cobrirá de cachos. A experiência da nossa esterilidade é dolorosa, mas as visitações do Senhor são deliciosas. O senso da nossa própria pobreza nos leva a Cristo, e é aí que devemos estar, pois nEle o nosso fruto pode ser encontrado.
Charles Spurgeon
Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

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