quarta-feira, 22 de agosto de 2018

23 de agosto - Devocional matutina

“e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor.”

Isaías 65.19


Não há mais choro para os glorificados, pois já passaram todas as causas externas de tristeza. No céu não há inimizades, nem perspectivas sombrias. Ali, a pobreza, a fome, os perigos, as perseguições e as calúnias são desconhecidos. Nenhuma dor causa angústia, nem pensamento de morte ou luto entristece. Não há mais choro, pois eles são perfeitamente santificados. Nenhum “coração vil e incrédulo” os afasta do Deus vivo; eles estão imaculados diante do Seu trono e totalmente conformados à Sua imagem. Não há lamento para quem deixou de pecar. Não há mais choro, pois o medo de mudança passou. Eles sabem que estão eternamente seguros. O pecado foi expulso e eles estão protegidos. Eles habitam numa cidade que nunca será invadida; se aquecem ao sol que nunca se põe; bebem de um rio que nunca se esgota; pegam o fruto de uma árvore que nunca resseca. Incontáveis ciclos podem passar, mas a eternidade nunca será exaurida, e enquanto ela perdurar, a imortalidade e bem-aventurança dos glorificados coexistirá com ela. Eles estão pra sempre com o Senhor. Não há mais choro, pois cada desejo é satisfeito. Eles não podem desejar nada que não possuam. Olhos e ouvidos, mãos e coração, juízo, imaginação, esperança, desejo, vontade, todas faculdades estão completamente satisfeitas. Apesar da imperfeição de nossas ideias sobre as coisas que Deus preparou para aqueles que O amam, sabemos o suficiente, pela revelação do Espírito, sobre as bênçãos de que desfrutam os santos lá de cima. A alegria de Cristo, a plenitude infinita de deleite, está neles. Eles se banham nas profundezas do mar da felicidade eterna. E esse mesmo descanso magnífico permanece para nós. Talvez não esteja distante. Em breve o salgueiro-chorão será trocado pelo ramo de palmeira da vitória, e as gotas de orvalho de tristeza serão transformadas em pérolas de eterna felicidade. 
“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4.18)


Charles Haddon Spurgeon

Tradução e revisão: Mariza Regina de Souza

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