Então, Pilatos o
entregou para ser crucificado.
João 19.16
Ele estivera a noite toda em agonia e passara a madrugada no palácio de Caifás; depois fora levado às pressas para Pilatos, de Pilatos para Herodes e de Herodes de volta a Pilatos; portanto, Ele já estava sem forças, mas, mesmo assim, não Lhe permitiram repousar ou descansar. Eles estavam ávidos do Seu sangue, por isso, conduziram-nO para a morte, carregando a cruz. Oh! Que dolorosa procissão! Bem podiam chorar as filhas de Salém (Lc 23.28). Minh’alma, chora tu também.
O que aprendemos aqui, quando vemos a condução de nosso bendito Senhor? Será que não percebemos a verdade prefigurada pelo bode emissário? Não trazia o sumo sacerdote o bode emissário, impondo suas mãos sobre sua cabeça e confessando os pecados do povo, para que assim fossem colocados sobre o bode e deixassem o povo? Depois, o bode era levado por um homem apto ao deserto, carregando os pecados do povo, a fim de que, se fossem procurados não pudessem ser achados. Agora vemos Jesus levado aos sacerdotes e autoridades, os quais O declaram culpado; o próprio Deus imputa a Ele o nosso pecado, “o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53.6); “Ele o fez pecado por nós” (2Co 5.21); e, como substituto para a nossa culpa, Ele carrega sobre Seus ombros o nosso pecado, representado pela cruz; e vemos o grande Bode Emissário sendo levado pelos oficiais de justiça designados. Amado, você pode sentir a certeza de que Ele carregou o seu pecado? Será que quando você vê a cruz em Seus ombros, ela representa o seu pecado? Existe uma maneira pela qual você pode dizer se Ele carregou, ou não, o seu pecado. Você já colocou a mão sobre a cabeça de Jesus, confessou seu pecado e creu nEle? Se já, seu pecado não está mais sobre você; foi transferido pela bendita imputação de pecado para Cristo, e Ele o carrega sobre Seus ombros como um fardo mais pesado que a cruz.
Que essa imagem não se desvaneça até que você se regozije na sua própria libertação, e adore o amoroso Redentor sobre quem foram lançadas todas as suas iniquidades.
Charles Spurgeon
Tradução: Mariza Regina de Souza
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