quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

27 de agosto - devocional matutina


“Até quando não crerão em mim?” (Números 14:11)

Luta com todas as tuas forças para afastares essa incredulidade monstruosa.  Isso desonra tanto a Cristo, que Ele irá retirar a Sua presença visível de nós se O insultarmos sendo indulgentes com ela. É bem verdade que ela é uma erva daninha, cuja semente nunca conseguimos tirar totalmente do solo, mas devemos visar suas raízes com zelo e perseverança. Dentre todas as coisas detestáveis, a incredulidade é a que deve ser mais abominada. Sua natureza maléfica é tão venenosa que prejudica tanto aquele que é incrédulo quanto aquele que sofre os seus efeitos. No teu caso, ó crente, é a mais vil de todas as coisas, pois as misericórdias do Senhor no passado aumentam a tua culpa por duvidares dEle no presente. Quando desconfias do Senhor Jesus, Ele pode muito bem gritar “Agora, então, eu os amassarei como uma carroça amassa a terra quando carregada de trigo.” Tal desconfiança coroa a cabeça de Jesus com os espinhos mais penetrantes. É muito cruel quando uma esposa bem-amada não acredita no marido bondoso e fiel. O pecado é desnecessário, tolo e injustificado. Jesus nunca deu o menor motivo para suspeitas; e é terrível ser desacreditado por aqueles que sempre receberam uma conduta amorosa e verdadeira da nossa parte. Jesus é o Filho do Altíssimo e Suas riquezas são ilimitadas; é vergonhoso duvidar do Onipotente e desconfiar da Sua toda-suficiência. O gado de mil colinas será suficiente para matar a nossa fome e os celeiros do céu não serão esvaziados pela nossa alimentação. Se Cristo fosse apenas uma cisterna, logo esgotaríamos a Sua capacidade, mas quem pode drenar uma fonte? Miríades de almas têm tirado dEle o seu sustento, e nenhuma delas jamais reclamou da escassez dos Seus recursos. Fora, então, com essa incredulidade traidora e mentirosa, pois sua única missão é cortar os laços da comunhão e fazer-nos lamentar um Salvador ausente. John Bunyan diz que a incredulidade tem “tantas vidas quanto um gato”: se é assim, vamos matar uma vida agora e continuar o trabalho até que todas as sete tenham ido embora. Fora, traidora, meu coração te abomina.

Charles Haddon Spurgeon

Tradução: Mariza Regina de Souza

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