quarta-feira, 26 de junho de 2013

26 de junho - Devocional Matutina

E és semelhante a nós?

Todos estes respondem e te dizem: Tu também, como nós, estás fraco? E és semelhante a nós? (Isaías 14:10)

Qual será o destino certo do apóstata quando a sua alma nua estiver diante de Deus? Como suportará aquela voz, dizendo: “Aparta-te de mim, maldito; tu me rejeitaste, e eu te rejeitei; tu te prostituíste, e te apartaste de mim: eu também te bani para sempre da minha presença, e não terei compaixão de ti”. Qual será a vergonha desse miserável no último grande dia quando, diante das multidões reunidas, os apóstatas forem desmascarados? Veja os profanos, e pecadores que nunca tiveram fé, levantando-se de suas camas de fogo, e apontando para ele. “Ei-lo”, diz alguém, “será que ele vai pregar o evangelho no inferno?” “Lá está ele”, diz outro, “ele me repreendeu por praguejar, e ele mesmo era um hipócrita!” “Ah”, diz ainda outro, “aí vem aquele cantor de salmos metodista — aquele que estava sempre nas reuniões; ele se gabava de ter certeza da vida eterna; e ei-lo aqui!” Jamais haverá tanta euforia entre os carrascos satânicos como quando os demônios arrastarem a alma de um hipócrita para a perdição. Bunyan retrata essa cena com a impressionante, mas terrível, excelência da poesia, quando fala do caminho para o inferno. Sete demônios amarram o miserável com nove cordas, e o arrastam da estrada do céu, na qual ele professara andar, e o empurram pela porta do inferno. Você que é professo, lembre-se da porta do inferno! “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé”. Examine bem a sua situação, e veja se está ou não em Cristo. A coisa mais fácil do mundo é dar a si mesmo uma sentença branda quando se está em julgamento; mas, cuidado, seja justo e sincero. Seja justo com todos, mas rigoroso consigo mesmo. Lembre-se de que se você não construiu sua casa sobre a rocha, quando ela cair, grande será a queda. Que o Senhor lhe dê sinceridade, constância e firmeza; e que em nenhum dia, por pior que seja, você venha a se desviar.

Charles Haddon Spurgeon
tradução: Mariza Regina de souza

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